A Enron e o Consórcio Light, do qual a AES era acionista, estavam entre os três licitantes para o leilão da Eletropaulo, em abril de 1998. O jornal afirma que horas antes da sessão, as duas empresas americanas firmaram um acordo para que a Enron não participasse do leilão promovido pelo governo de São Paulo para diminuir a disputa e o preço pago pela maior distribuidora de energia elétrica da América Latina. Em troca, a Enron ganharia um contrato de fornecimento de gás à Eletropaulo.
O consórcio VBC (formado pela Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa) também desistiu no último momento de participar do leilão. Assim, a AES foi a única a apresentar proposta e levou a Eletropaulo pelo preço mínimo, de US$ 1,78 bilhão.
De acordo com o Financial, a AES já teria aberto investigações para apurar as responsabilidades no caso. A Enron nega as informações. AES obteve um financiamento do BNDES para pagar pelas ações da Eletropaulo, mas desde o início do ano não honra suas dívidas e está inadimplente com a instituição.
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