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UE não chega a acordo sobre Pacto de Estabilidade Econômica
Do Diário OnLine
Com AFP
08/03/2005 | 15:09
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.Os ministros das Finanças da zona euro (países que adotaram a moeda européia) não conseguiram entrar em acordo na segunda-feira sobre a reforma do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Uma nova reunião foi marcada para 20 de março e será seguida por um encontro com representantes dos 25 países membros da UE (União Européia).

O primeiro-ministro de Luxemburgo, Jean-Claude Juncker, que presidia a conferência em Bruxelas, disse que o encontro permitiu "obter avanços", apesar de admitir que a questão em discussão é "difícil".

O ministro alemão, Hans Eichel, se disse "otimista sobre as probabilidades de sucesso no dia 20 de março, considerando possível um acordo por unanimidade. Seu colega francês, Thierry Breton, também considerou "satisfatória" a reunião de segunda-feira.

O chanceler alemão, Gerhard Schroeder, e o presidente francês, Jacques Chirac, adotaram na segunda-feira, durante uma reunião particular, uma "posição comum" sobre a reforma do pacto. Esta posição deve ser apresentada pelo chanceler alemão nesta terça a Jean-Claude Juncker.

A iniciativa das duas potências européias foi mal vista pelos países menores. "O melhor que os chefes de estado e de governo podem fazer é deixar os ministros das Finanças trabalharem", manifestou o ministro holandês das Finanças, Gerrit Zalm, que apóia o modelo de disciplina fiscal.

Os ministros trabalharam na segunda com base num texto de compromisso apresentado pela presidência da UE. "Haverá um novo texto na próxima reunião", comentou o ministro belga, Didier Reynders.

O texto apresentado pela presidência na segunda incluía mudanças que darão mais flexibilidade ao Pacto de Estabilidade e Crescimento, assinado em 1997 pelos países da Eurozona (Irlanda, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França, Espanha, Portugal, Itália, Grécia, Alemanha, Áustria e Finlândia) para evitar movimentos fortes nos orçamentos públicos destes países.

O debate sobre mudanças começou em 2003, quando a França e a Alemanha, as maiores economias da UE, deixaram de cumprir uma de suas normas, a que fixa o limite do déficit orçamentário em 3% do PIB (Produto Interno Bruto), e adotaram medidas mais suaves que as estabelecidas pelo Pacto.




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