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Companhias Gol e TAM cogitam devolver aviões
08/06/2008 | 07:25
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Com a escalada dos preços do petróleo - e, conseqüentemente, do QAV (querosene de aviação) -, as duas maiores empresas aéreas do País, TAM e Gol, já estariam estudando a devolução de aviões de grande porte, com consumo acima da média das frotas, segundo fontes do setor.

O combustível representa quase a metade dos custos. O QAV vendido pela Petrobras aumentou 30,75% neste ano - no caso desse combustível, a empresa acompanha as variações do mercado internacional.

Segundo as fontes, a Gol estaria preparando a devolução de 12 Boeings 767, que eram utilizados pela Varig (comprada pela Gol no ano passado) nas rotas à Europa e o México. A previsão é de quatro sejam devolvidos nos próximos dois meses e os oito restantes até o final do ano.


A empresa confirma a estratégia, mas não revela o prazo estipulado para o retorno de todos os aviões. "A devolução será feita de forma gradual", informa a Gol.

A TAM estaria estudando a devolução de dois Airbus A340-500, com capacidade para 267 passageiros, segundo as mesmas fontes. Esse modelo consome mais combustível do que outras versões. Mas a empresa negou a informação por meio de sua assessoria.

Os planos iniciais da TAM, segundo as fontes, eram de manter esses aviões durante cinco anos. Mas, com o aumento do preço do combustível, a expectativa é de que os aviões, utilizados na rota de Frankfurt, sejam devolvidos com apenas um ano de uso.

"A devolução mostra que a empresa programa uma desaceleração da sua expansão internacional para se ajustar ao novo cenário mundial", avalia um das fontes.

A TAM, porém, afirma que mantém para o segundo semestre o recebimento de dois Boeings 767-300ER e quatro Boeings 777-300ER, para substituir modelos MD11. O plano de frota prevê ainda a chegada de dois Airbus A330-200.

Aumento de tarifas é outra medida que deverá ser implantada para compensar o aumento dos custos com combustível. A TAM anunciou que reajustará o valor pago por passageiro por quilômetro voado em 5% no mercado internacional, e em 7% no mercado doméstico.




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