Após mais de 22 horas, terminou, na tarde desta segunda-feira, a rebelião de presos na cadeia pública de Paranaíba, a 240 quilômetros de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, que resultou na morte de um detento e graves ferimentos em outro, que foi torturado pelos colegas. A maior parte das dependências do presídio foi depredada. O motim acabou após um acordo para a transferência de 20 presos para outras três cidades do Estado: Campo Grande, Cassilândia e Três Lagoas.

Cerca de 120 presos mantinham o agente penitenciário Carlos Vagner dos Santos como refém desde a tarde de domingo e ameaçavam matar mais seis detentos – cinco deles ficaram amarrados em botijões de gás. O preso Fábio Antônio Alves, que foi torturado, teve queimaduras de terceiro grau em 70% do corpo e está internado em estado grave de saúde.

Além da transferência de presos, os amotinados ainda exigiam a saída do diretor do presídio, José Carlos Marques, presença de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil, jornalistas e juízes para as negociações. Segundo a Polícia Militar, o motim foi liderado por José Pereira Janotti e por Elieser Vieira Povoa, ambos condenados por tráfico de drogas.