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Alckmin promete governo participativo
Nélson Gonçalves e Wilson Marini
Rede APJ
28/09/2010 | 08:44
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"São Paulo lidera o crescimento da economia brasileira e tem tudo para crescer mais forte ainda", afirma o candidato do PSDB ao governo do Estado, Geraldo Alckmin. Em sabatina no projeto Agenda São Paulo da Rede APJ (Associação Paulista de Jornais), o tucano prometeu fazer, se eleito, "um governo parceiro dos municípios, com forte descentralização, com a sociedade civil organizada, associações, sindicatos, igrejas, cooperativas, um governo extremamente participativo". "Governo moderno é aquele que interage, que ouve, porque aí erra menos e acerta mais. Um governo criador de oportunidades", afirma Alckmin, que priorizará a formação profissional para dar conta do crescimento da economia.

DESAFIOS
"São Paulo vive um bom momento econômico. Desde 2004 vem crescendo acima da média do PIB brasileiro. Nos próximos dez anos, vai ser o Estado onde mais vai crescer a massa salarial. Os desafios para os próximos quatro anos é avançarmos mais na área educacional na formação profissional e no ensino universitário, nos parques tecnológicos para unir pesquisa, desenvolvimento e produção; e completar a infraestrutura e logística do Estado."

SAÚDE
"A Saúde está ficando nas costas dos Estados e dos municípios. O governo federal é quem mais arrecada dinheiro: 41% da arrecadação federal sai do Estado de São Paulo. E 60% dos tributos que a população paga vai para a União. Historicamente, o governo federal arcava com 51% do financiamento do SUS. Mas a tabela não é corrigida e tem novos serviços sem credenciamento. Vamos ampliar os AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades). Pretendo fazer mais 20 ambulatórios, cada um com 25 especialidades. Vamos dar aumento para o funcionalismo público de modo geral. Nos AMEs novos não temos dificuldades de médicos, porque quem contrata são as OSs, o mercado. Vamos apoiar os municípios que tiverem dificuldades."

SEGURANÇA PÚBLICA
"Eu sei que há uma sensação de insegurança, reconhecemos que precisa melhorar. Tínhamos 12,8 mil homicídios por ano no Estado em 2000, ou 33 por 100 mil habitantes. Segundo a OMS, acima de 10 por 100 mil é epidemia. Começamos a trabalhar, polícia na rua, e foi caindo. Hoje é 4.400, ou 10,9 por 100 mil. O Brasil tem 25, algumas capitais 40, 50, 70 homicídios por 100 mil habitantes. O policial trabalha 12 (horas) e descansa 36. Nesse descanso, ele faz o bico, que é irregular e não pode estar armado e fardado. No município de São Paulo surgiu a Atividade Delegada, a Prefeitura de São Paulo contratou e ele ganha R$ 1.000 a mais. Despencou roubo, porque tem mais presença policial. Vamos ter mais polícia na rua e o policial vai ganhar mais."

PEDÁGIOS
"O modelo de concessão de rodovias é bem-sucedido. Quando Mário Covas assumiu, em 1995, a situação do governo era crítica sob o ponto de vista financeiro. O modelo de concessão de São Paulo prevê grandes investimentos, porque o governo não tinha dinheiro. A Rodovia Imigrantes não tem um centavo de dinheiro público, a nova Bandeirantes, de Campinas a Limeira, não tem um centavo, as marginais da Castello, as grandes obras no Interior. O modelo de concessão foi correto, trouxe muitos benefícios e gerou emprego. Vamos analisar caso a caso a localização. Já detectei na região de Campinas, bairros próximos, paga-se uma tarifa cheia para um trecho pequeno. Vamos dar desconto para comunidade local e reequilibrar o contrato de outra forma."

INFRAESTRUTURA
"Primeiro, a conclusão do Rodoanel, uma obra de São Paulo e do Brasil. Para o Interior é importante também a rede de dutos, a SP-Dutos. Somos o maior exportador de álcool e açúcar do mundo, e o álcool todo vai por caminhão ao Porto de Santos ou São Sebastião. A ideia é ter uma rede de dutos chegando aos portos. Uma rede de dutos saindo das margens esquerda e direita do Tietê. O governo não precisa pôr dinheiro, tem que ser o grande articulador. Tem que ser um investimento privado. Vamos investir bastante em terminais, pista e segurança. Antigamente, uma cidade para crescer tinha que estar perto do mar. Depois, tinha que estar perto do rio. Depois, a ferrovia. Hoje é aerovia. Não é por acaso que Guarulhos é a maior cidade do Estado depois da Capital, com 1,5 milhão de habitantes."




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