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Funcionários da Volks alemã iniciam greve de advertência
da AFP
29/10/2004 | 15:47
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Depois do fracasso das negociações entre os trabalhadores e a direção da Volkswagen, gigante alemã do setor de automotivo, tiveram início à meia-noite de quinta-feira as greves de advertência na fábricas da empresa no oeste da Alemanha.

Imediatamente depois do fim da trégua entre sindicato e patrões, mais de 4 mil trabalhadores das fábricas de Hannover, Baunatal (próximo a Kassel) e Braunschweig pararam suas atividades durante uma hora.

O presidente da empresa, Bernd Pischetsrieder, reafirmou nesta sexta-feira, durante visita a Pequim (China), a dura posição da companhia, insistindo categoricamente que rejeita um aumento de salários e que procura uma redução de custos para manter os centros de produção na Alemanha competitivos.

"Não interessa a ninguém que haja uma greve. No entanto, é preciso que tenha início a redução de custos que tanto discutimos", disse Pischetsrieder à imprensa.

Entertanto, o sindicato metalúrgico alemão já informou que a greve deve continuar na próxima semana.

Não houve avanço algum na quinta rodada de negociações, que continuarão na próxima segunda-feira em Hannover.

O objetivo das discussões é alcançar um convênio coletivo que garanta o emprego de 103 mil trabalhadores da VW nas seis fábricas da empresa no oeste alemão.

O chefe de negociações do sindicato IG Metall, Harmut Meine, disse que a companhia não fez concessão alguma durante as negociações desta quinta-feira.

Já o representante da Volks, Josef-Fidelis Senn, criticou a falta de disposição d IG Metall para chegar a um entendimento aliviando os custos da companhia.

A Volkswagen quer reduzir 30% de seus custos trabalhistas, cerca de 2 bilhões de euros (2,5 bilhões de dólares), antes de 2011 para manter sua competitividade.

Na quinta-feira, a fabrica anunciou uma queda de seus lucros líquido de 65,2% (para 76 milhões de euros) no terceiro trimestre deste ano. Levando-se em conta os primeiros nove meses do ano, o lucro líquido resvalou 43.6%, ficando em 459 milhões de euros, contra 813 milhões de euros no igual período do ano anterior.

Justificando os resultados, a empresa anunciou, por meio de um comunicado, que as condições econômicas "se mostraram muito difíceis até o momento em 2004".

"Isso se deve sobretudo à alta dos preços do petróleo e à situação adversa da taxa de câmbio para uma empresa manufatureira que produz grande proporção de seu valor agregado na Europa".




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