A manifestação teve início com um ato ecumênico em frente à capela do Colégio São Luiz, onde Liana e Felipe estudavam. Em seguida, cerca de 5 mil pessoas, segundo estimativas da Companhia de Engenharia de Tráfego, saíram em passeata pela Avenida Paulista em direção à Assembléia Legislativa de São Paulo.
Entre os participantes da passeata estavam a apresentadora Hebe Camargo; a prefeita Marta Suplicy; o ator Daniel Zettel (o Carlinhos de Laços de Família); e o rabino Henry Sobel, da Congregação Israelita Paulista.
Na Assembléia, o advogado Ari Friedenbach, pai de Liana, entregou aos deputados uma carta-manifesto pedindo a adoção das medidas cabíveis "para mudar esse quadro de violência social" e a realização de uma "consulta à população sobre alterações das regras de punições contra menores que pratiquem crimes graves".
Atualmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente determina que o tempo máximo de internação para jovens infratores seja de três anos. Entre os cinco acusados de matar Liana e Felipe está um menor de 16 anos, apontado como o 'cabeça' do grupo de criminosos. Todos estão presos.
O casal de namorados foi morto no início do mês, quando saiu para acampar em um sítio abandonado em Embu-Guaçu. Felipe foi assassinado com um tiro na nuca, provavelmente entre a noite de 1º de novembro e a manhã do dia 2. Já Liana permaneceu quase dez dias nas mãos dos criminosos antes de ser morta. Ela sofreu mais de 15 golpes contundentes de faca no pescoço, tórax e nas costas e, ainda, foi estuprada pelo grupo.
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