O prefeito de Diadema, Gilson Menezes, se eximiu de qualquer responsabilidade na contrataçao de escritórios de advocacia pela Companhia de Saneamento de Diadema. "Eu nao contratei o Buonaduce (Joao Marques de Azevedo Buonaduce). A Saned contratou o advogado e, quero deixar bem claro, isso aconteceu por culpa do promotor (da Cidadania, Silvio Antonio Marques), que nao tomou as medidas necessárias para derrubar o contrato com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de Sao Paulo."

Indenizaçao - Buonaduce foi contratado para defender a Saned e anular contrato firmado com a Sabesp em dezembro de 1996 no valor de R$ 63 milhoes pelo entao prefeito José de Filippi Júnior (PT). O valor, contestado pela Saned e por Gilson, foi definido como indenizaçao pelo fato de Diadema ter rescindido contrato de prestaçao de serviço de água e esgoto em 1993, devido a criaçao da Saned.

Gilson, por conta dos contratos considerados irregulares pelo Ministério Público, teve os bens bloqueados e o sigilo fiscal quebrado. "Concordei em contratar um advogado mas a escolha ficou por conta da Saned, que tem autonomia para tomar suas decisoes, com diretoria e conselho próprios. Eu e a Prefeitura nao contratamos Buonaduce."

O prefeito também afirmou ser contrário a contratos milionários, caso da soma dos três firmados com Buonaduce (R$ 3,8 milhoes).

"Ideologicamente, nao concordo com valores altos para advogados, mas a Ordem dos Advogados do Brasil determina que o pagamento seja de 10% do valor da açao. Os valores sao altos, mas sao as regras".