Economia Titulo No primeiro semestre
Vendas de imóveis caem 44% na região

Conforme a Acigabc, estagnação do mercado fez com que lançamentos despencassem 71%

Gabriel Russini
Especial para o Diário
27/09/2017 | 07:30
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A comercialização de imóveis recuou mais uma vez. Entre os meses de janeiro e junho, as vendas caíram 44% em comparação ao mesmo período do ano passado, passando de 1.541 para 870 unidades. Os dados foram divulgados ontem pela Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC).

Na avaliação do presidente da entidade, Marcus Santaguita, o tombo nas vendas está atrelado ainda ao momento de forte crise econômica pelo qual passa a região. “O consumidor está inseguro para a compra porque não há estabilidade no emprego”, afirma. Ainda segundo Santaguita, outro fator que contribuirá para que as vendas sigam em queda é a redução do percentual de financiamento pela Caixa Econômica Federal. Na segunda-feira, o banco – que detém 70% do mercado – passou a financiar apenas 50% do valor da casa ou do apartamento. Antes, era possível parcelar entre 60% e 70%. “Espero que isso (a redução do percentual) seja temporário. Se já era difícil financiar com os 70%, agora fica praticamente impossível com apenas 50%”, explicou Santaguita. Para imóveis na planta não houve mudanças, e é possível dividir até 80%.

Em razão da estagnação do mercado, o número de lançamentos também despencou, 71%, na região, passando de 1.161 para 342 unidades. Por outro lado, o estoque diminuiu 24% no período em relação ao semestre anterior, passando de 4.017 para 3.063 apartamentos. “O objetivo das incorporadoras é vender o que ainda consta no estoque, para depois pensar nos lançamentos”, complementou.

Das cinco cidades contempladas na pesquisa – Ribeirão Pires e Rio Grande não constam no estudo –, Santo André foi a que mais vendeu imóveis, gerando R$ 161 milhões em movimentações com 315 unidades. São Bernardo veio logo em seguida, com R$ 95 milhões de 249 comercializações.

Quanto aos lançamentos, São Bernardo liderou, com 246 unidades e R$ 127 milhões em negócios, seguida por Santo André, com 96 vendas, que somaram R$ 25 milhões. Além disso, três municípios não tiveram registros. São Caetano enfrenta dificuldades em relação à lei que restringe a verticalização na cidade, Diadema tem perdido mercado para a Zona Sul de São Paulo, pois, apesar de ter metro quadrado mais em conta, não tem muito espaço para expandir. E Mauá deve apresentar algo no segundo semestre, avisa Santaguita, por meio do Minha Casa, Minha Vida.

Entretanto, para o presidente, o ano ainda deve fechar no vermelho, e iniciar recuperação apenas em 2018, quando a economia mostrar sinais claros de retomada.


Imóvel compacto chega ao Grande ABC a partir de 2021

Diante da retração do mercado imobiliário, empresas do setor lançam mão de novidades para atrair compradores. Nos próximos quatro anos, por exemplo, o Grande ABC vai contar com a primeira leva de apartamentos compactos, modelos de um dormitório do tipo studio. No dia 21, a Braido Ceceli Arquitetura vai lançar o Touch Studio Jardim em Santo André.

Com foco em pessoas solteiras, recém-separadas ou casais mais jovens, a unidade sai a partir de R$ 239,5 mil. De acordo com o diretor executivo da empresa, Amauri Ceceli, a localização privilegiada do município, no bairro Campestre, foi fundamental para a implementação do projeto. “O prédio está a 100 metros da Avenida dos Estados, um quilômetro da Anchieta e próximo ao Rodoanel, além de também estar perto de supermercados e bancos”. Ainda segundo Ceceli, o grande diferencial é a utilização do conceito de economia compartilhada, no qual haverá área com equipamentos como aspirador de pó, tábua de passar roupa e máquinas de lavar. No último andar, também haverá área destinada ao banho de animais de estimação.
 




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