A capital iraquiana foi abalada, nesta sexta-feira, por um novo atentado suicida, o terceiro em dois dias, em meio ao aumento da violência com a aproximação da data de formação do novo governo.

Cinco pessoas ficaram feridas num atentado cometido perto da embaixada da Rússia, no oeste de Bagdá. O exército americano informou que um de seus soldados estava entre os feridos.

O ataque, assim como o duplo atentado suicida desta quinta-feira, foi reivindicado pelo grupo de Abu Mussab al-Zarqawi, chefe da rede terrorista Al Qaeda no Iraque. "Trata-se de um atentado suicida cometido por um homem-bomba que explodiu o veículo em que estava no momento da passagem de um comboio do exército americano", segundo uma fonte do Ministério do Interior iraquiano.

Os atentados se multiplicaram nas últimas semanas, em meio às negociações para a formação do novo governo. Algumas fontes consideram que o governo já pode estar formado neste domingo, depois da retomada das reuniões do parlamento eleito no dia 30 de janeiro.

No campo de prisioneiros de Camp Bucca, no sudoeste do Iraque, um preso foi morto por outros detidos, o que provocou uma série de distúrbios, os quais resultaram em doze feridos, anunciou o exército dos Estados Unidos.

Os tumultos em Camp Bucca, um presídio que abriga seis mil prisioneiros nos arredores da cidade costeira de Um Qasr, começaram nesta quinta-feira às 23h00 locais (16h00 de Brasília). "Os guardas tomaram controle da situação e socorreram os 12 detidos feridos", indicou o exército americano, afirmando que os conflitos ocorreram entre prisioneiros.

Em outros ataques, dois civis foram mortos e outros cinco ficaram feridos em Bagdá. Um civil morreu e outro ficou ferido na explosão de uma bomba na passagem de um comboio do exército iraquiano a leste de Bagdá.

No bairro Wahda, no centro da capital, um obus caiu sobre uma casa, matando um civil e ferindo outros quatro.

Ao norte de Bagdá, três soldados iraquianos, dois policiais e um caminhoneiro estrangeiro morreram em ataques na noite desta quinta-feira e nesta sexta de manhã, segundo fontes de segurança.

O exército americano indicou nesta sexta-feira que dois Marines morreram em combate, um na quarta e outro na quinta-feira, na província rebelde de Al Anbar, no oeste do Iraque.