Turismo Titulo
Taiti: cenário que convida ao romance
Das Agências
28/03/2001 | 19:45
Compartilhar notícia


Cada nuance dessa pintura do Pacífico Sul justifica o mito Taiti, um lugar sublime na forma e na essência. Uma sinfonia perene de sol, azulejada pelo capricho do mar fiel aos nossos mais belos sonhos tropicais. Lua-de-mel entre o verde primitivo e o banquete aquático, entre a diversão e a atmosfera de sombra e água fresca.

O castigo muscular imposto pela poltrona exígua do avião e a dúvida sobre o custo-benefício da viagem sucumbem à perspectiva do desejo saciado. Já em Papeete, capital e porta de entrada e saída dos vôos internacionais, vislumbra-se o paraíso.

Papeete serve de aperitivo para Morea e, especialmente, Bora Bora, primeira do ranking das ilhas mais bonitas do mundo. A variação cromática do mar de Bora Bora fascina até os que, como nós brasileiros, estão habituados ao viço do cenário tropical. Tons de verde e azul-turqueza se revezam num playground ilimitado. Mergulho, piquenique em ilhota, mais mergulho, passeio de jet ski, ciranda com as arraias, voltinha de caiaque, e, é claro, um romântico pôr-do-sol.

Depois de horas a fio refém de escalas, turbulências e contorcionismo forçado, uma pergunta reverbera mais do que trombone no Planalto: o Taiti será mesmo tudo isso? Ao chegar a Papeete, não se tem idéia da recompensa soberba para o chá de poltrona e para o punhado de dólares que invariavelmente alimentam uma viagem dessas.

A certeza começa a se desenhar na manhã seguinte, quando os olhos se enchem diante do mosaico de azuis e verdes costurados na paisagem. Sem desmerecer os shows de dança e os jantares românticos, o Taiti deve ser devorado à luz do dia.

Há basicamente dois programas em Papeete: tour completo, que reúne os pontos principais e pode ser agendado no próprio hotel, e mergulho no Mercado Central, uma montanha de bugigangas. Com boa vontade e inteligência, ambos são conciliados num único dia (basta, na volta do tour, saltar no Centro; e, mais tarde, andar ou pegar um táxi até o hotel). Assim sobra mais tempo para o que a Polinésia Francesa tem de melhor: Moorea e, principalmente, Bora Bora.

A volta por Papeete, couvert que antecede o banquete aquático de Moorea e Bora Bora, escancara a volúpia tropical daquele canto do Pacífico. Mirantes saciam o apetite pela sintonia entre o mar degradê e a vegetação.

No jardim botânico uma aula sobre a flora local. A visita ao Museu Gouguin (pintor impressionista francês, Paul Gouguin viveu lá entre 1891 e 1899) vale como registro histórico, já que o acervo se resume a reproduções e a um parco conjunto de peças de uso pessoal de Gouguin.

A única exceção é o Mercado Central, um feirão à nordestina. Um ensopado de artesanato, comidas e cheiros. Gente bronzeada de olhos puxados e roupas coloridas explorando a queda do turista por quinquilharias típicas. Uma babel onde, apesar do caldo folclórico, pechinchas são raras. Contudo, nada demove a mulher da compulsão de levar para casa uma canga ou uma bolsa de palha made in Taiti. Sobra para o homem o indefectível blusão florido.

Andar ao longo da avenida à beira-mar, ver as pérolas negras enfeitando as vitrinas e fazer um lanche ou tomar um drinque num bar em frente à marina. O prazer tem sabor de simplicidade. Como a das taitianas, fiéis aos vestidos estampados e à flor no cabelo (caso esteja na orelha esquerda, a mulher é comprometida; na direita, disponível).




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;