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Aidan Ravin retornará à Câmara para discutir orçamento
Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
16/11/2008 | 07:00
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O vereador Aidan Ravin (PTB), prefeito eleito de Santo André, cumprirá seu mandato até o final do ano. A licença tirada por ele para descansar após a eleição e iniciar os preparativos visando o processo transitório vence terça-feira e não será renovada. Estão programadas cinco sessões ordinárias antes do fim da atual legislatura, sem contar as eventuais extras a pedido do governo.

A intenção do novo chefe do Executivo é fazer parte diretamente da votação da peça orçamentária de 2009. "Quero participar ativamente da discussão do orçamento da minha cidade, o qual terei a honra de tomar conta", disse.

Aidan aproveitou a oportunidade para garantir que, a partir do próximo ano, em seu governo, a Câmara poderá influir diretamente no montante a ser investido no município.

"Será diferente da administração do PT, na qual os vereadores nunca tiveram espaço porque todas as emendas apresentadas sempre foram simplesmente ignoradas. Darei a oportunidade para que cada parlamentar, dentro de um limite a ser definido, possa propor alterações no orçamento."

Aidan comentou a polêmica instalada no Legislativo em função das emendas cujo objetivo é limitar o poder de remanejamento do prefeito, no qual ele tem a prerrogativa de tirar verba de uma área para aplicar em outra sem precisar de autorização do Legislativo.

"Como o PT sempre governou com 30%, acredito que não terei dificuldades se a Casa mantiver esse índice. Apesar disso, acredito que, por ser um primeiro ano de mandato, de um governo diferente, seria mais interessante se o prefeito tivesse mais liberdade."

Alteração - As sugestões de mudança no orçamento de 2009 somam 28 emendas neste ano. Mas as que devem polarizar as discussões em plenário dizem respeito ao remanejamento. Há uma queda de braço entre as principais bancadas, PT e PSDB.

O presidente da Câmara, José Montoro Filho, o Montorinho (PT), apresentou texto no qual o remanejamento pode ser de, no máximo, 10%. Como justificativa, alegou estar "apenas atendendo a um desejo" da vereadora Dinah Zekcer (PTB), vice-prefeita eleita, que sempre defendeu este índice.

Sem ter conseguido a reeleição, o tucano Marcos Medeiros, que trabalhou pela vitória de Aidan no segundo turno, propôs aumentar o poder do prefeito para 50%. "O orçamento foi feito pelo PT para o PT. O Aidan precisa, neste primeiro ano, de uma flexibilidade maior para aplicar seu programa de governo."




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