O PT de Ribeirão Pires está recolhendo os cacos deixados pela última eleição municipal, ocorrida em 2008, quando o partido perdeu em todas as disputas. Não elegeu prefeito, nem vereador. Dentro das propostas de reestruturação começam a surgir os possíveis nomes destinados a retomar o prestigio petista na cidade. A novidade é vizinha: o nome do deputado estadual Donisete Braga, consolidado em Mauá, tem sido comentado como alternativa forte e viável para disputar a sucessão de Clóvis Volpi (PV).

 
O deputado obteve 6.338 votos em Ribeirão Pires - equivalente a 12,48% do eleitorado da cidade -, com apoio do PDT e do vereador presidente da Câmara Edson Savietto, o Banha (PDT). De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Braga foi o deputado mais votado na cidade, que possui 50 mil eleitores.

A possibilidade não é transformada em pretensão e nem descartada pelo petista. "Tive votação expressiva e apoios na cidade, é natural que as pessoas comentem. É um reconhecimento. Sou candidato a fazer um bom mandato, por enquanto vou continuar como deputado estadual e brigar por um Hospital Regional que atenda a micro região de Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e Mauá. Vamos verificar o que vai acontecer até 2012, ainda é muito prematuro para comentar candidatura", declarou Donisete.

O diretório de Ribeirão Pires, no entanto, discute outros três nomes para a disputa: Maria Inês Soares, ex-prefeita da cidade (1992-00), Mario Nunes, candidato derrotado em 2008 e Antonio Carlos Pereira de Souza, presidente da legenda.

Na fala da ex-prefeita, a eventual candidatura de Donisete seria legítima e poderia agregar ao partido no momento de reformulação. Ela revelou que a especulação ocorreu antes dele ter sido reeleito deputado estadual. "Naquele momento ele disse que era candidato a deputado e não faria plano a longo prazo. Desde que ele se mude para Ribeirão converse com o partido e tenha o nome no consenso, ou até dispute prévias, a candidatura está no direito dele. Precisamos é fazer alianças mais amplas para 2012", explicou Maria Inês.

A lição que está pregada no partido é de não cometer os erros passados. Em 2008, o partido ficou rachado entre Maria Inês e Mario Nunes. "Aprendemos que a divisão não traz bons resultados. Desde 1982 que não ficávamos sem eleger um vereador", afirmou.

O dirigente da legenda, o Carlão, garantiu que não haverá prévias na cidade e que o próximo candidato será residente de Ribeirão Pires. "Donisete é uma pessoa aguerrida, um bom deputado, assino em baixo das ações dele. Mas ele poderia nos ajudar em outras fronteiras, somando ao partido", comentou.

A deputada estadual reeleita Vanessa Damo (PMDB), também de Mauá, obteve votação expressiva na cidade. "Se for assim a Vanessa também é candidata", alfinetou Carlão.

CHUMBO TROCADO
Se o PT de Ribeirão Pires pensa em mauense para derrotar o prefeito Clóvis Volpi no município, a oposição ao prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), pretende lançar o chefe do Executivo para derrotar Oswaldo na cidade.

O verde é cogitado desde o ano passado para liderar a oposição ao PT em 2012. De acordo com ele, se houver condições jurídicas e clamor popular ele será candidato. Para isso ele teria de se mudar para Mauá com um ano de antecedência.