Mesmo com a crise, a Suerdieck produziu no ano passado cerca de cinco milhoes de unidades, bem mais que a segunda maior charuteira baiana, a Menendez-Amerindo, que fabricou cerca de 3,5 milhoes.
Os problemas da Suerdieck foram provocados por falta de capital de giro para financiar a lavoura de fumo. Isso levou ao fechamento da unidade da cidade de Maragogipe em 92. Mas a situaçao se agravou com os sucessivos prejuízos da Agro Comercial Fumageira, outra empresa do grupo (que chegou a empregar mais de cinco mil pessoas até o final dos anos 80) responsável pela produçao do fumo usado na confecçao dos charutos e cigarrilhas. Na ano passado, o grupo nao conseguiu plantar fumo, alugando seus campos para outras empresas do setor.
Nenhum diretor da Suerdieck quis comentar nesta quinta-feira, fechamento da fábrica de Cruz das Almas para informar se o grupo vai encerrar definitivamente suas atividades. A empresa foi criada por uma família de alemaes que se instalou no Recôncavo Baiano no século passado, quando a Bahia iniciou um intenso intercâmbio comercial com a Alemanha.
Ao longo dos últimos cem anos, Suerdieck virou sinônimo de qualidade, produzindo um charuto fabricado artesanalmente, apreciado, principalmente, na Europa, e comparável aos famosos cubanos. No ano passado a Bahia produziu cerca de 3,5 mil toneladas de fumo e dez mil unidades de charutos e cigarrilhas.
As vendas externas de fumo e charutos chegaram aos US$ 20 milhoes e os produtores esperam um aumento de 20% esse ano.
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