O vereador de Santo André Roberto Rautenberg (PRB) confirmou ontem o afastamento das funções parlamentares pelo período de 60 dias.

Conforme o Diário havia antecipado na semana passada, o republicano cogita abandonar o mandato por conta do sucesso da rede de academias esportivas e a quantidade de compromissos profissionais relacionados ao negócio, além do fato de ter sido pai recentemente, assuntos que influenciariam na decisão do parlamentar.

Outro ponto que foi levado em consideração pelo vereador foi um problema no joelho, que demandaria tratamento médico intensivo.

Na sessão de ontem, o suplente Marcos da Farmácia (PSB) assumiu o cargo e deve permanecer na Câmara pelo menos até o retorno de Ronaldo de Castro (PRB), afastado por conta de uma cirurgia.

“Espero conquistar alguma coisa em relação ao Executivo, por menor que seja, para ajudar o munícipe. Queríamos uma ferramenta grande, que era ser vereador, quando seria possível ajudar o cidadão. Mas com essa ferramenta pequena podemos fazer algo também”, pontuou o socialista.

Na eleição de 2016, a formação da chapa de vereadores, com PRB e PSB, que forneceu suporte ao projeto do ex-prefeito Aidan Ravin (PSB), foi criticada pela presença dos dois vereadores republicanos que acabaram eleitos – Ronaldo de Castro e Rautenberg. Na prática, diminuiu o número de vereadores do PSB.

Com a nova composição, os socialistas terão pelos próximos dias bancada formada por três vereadores: o presidente da Casa, Almir Cicote, Jorge Kina e Marcos da Farmácia. “Só foi eleito um vereador, mas é importante dar espaço para os suplentes assumirem, isso fortalece a sigla e o grupo político. O PSB nem esperava por isso e não sabemos quanto tempo durará esse processo”, reconheceu Cicote.

A sessão de ontem durou quase duas horas e não foram realizadas votações de projetos. Na opinião do líder de governo, Pedrinho Botaro (PSDB), os trabalhos seguem em ritmo normal. “Hoje (ontem) foi um dia atípico. Tínhamos um acordo entre os vereadores para adiar a votação de algumas matérias, mas o Legislativo tem trabalhado bastante, tanto que na semana passada tivemos discussão intensa sobre o futuro das entidades assistenciais”.