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Paço faz readequação em bolsas na Fundação das Artes

Auricchio alega que antecessor ultrapassou limites de benefício; alunos criticam medida

Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
19/07/2017 | 07:00
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A Prefeitura de São Caetano iniciou processo de readequação no número de bolsas de estudo na Fundação das Artes.

Segundo a gestão do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), a administração anterior, do ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), havia excedido o limite de 10% do repasse da Prefeitura na modalidade de bolsa munícipe e outros 10% de receita própria em bolsa monitoria.

“A Prefeitura respeitou os atos tomados, para não interferir na vida acadêmica dos estudantes bolsistas, até o meio do ano, quando findou o semestre letivo. Tendo respeitado os atos, houve o consumo dos recursos para os bolsistas deste ano. Como consequência haverá um número reduzido de bolsistas, pois a lei não permite ultrapassar os 10% previstos em cada modalidade”, definiu o Paço, por meio de nota.

A administração tucana informou ainda que o novo edital de bolsas foi publicado em julho e contempla cursos livres e técnicos, exceto os de iniciação em música e teatro. O prazo de inscrições para as bolsas começou na segunda-feira e vai até sábado.

Por outro lado, o Palácio da Cerâmica ponderou que o edital de bolsa monitoria está em discussão junto à Secretaria da Fazenda do município para realinhamento orçamentário que “garanta seu prosseguimento”.

Os critérios para obtenção das bolsas são socioeconômicos e pode se candidatar para desconto de 100% o aluno com renda familiar bruta de até dois salários mínimos.

Já para descontos de 80%, o postulante deve ter renda familiar máxima entre dois e quatro salários mínimos. O limite concedido pela Prefeitura é de bolsas de 50%.

A diminuição no número de benefícios oferecidos gerou críticas entre os bolsistas. Representante do grupo de alunos, o estudante Guilherme Beraldo afirmou que os alunos não foram avisados da mudança. “Tomamos ciência da redução apenas no começo de julho. O problema principal é que quem não conseguir a bolsa pode acabar tendo que fazer dívidas para pagar as mensalidades”, pontuou.

Beraldo lamentou ainda que restaram poucas opções para os alunos afetados pela alteração. “Da forma que foi estruturado, quem acaba trancando a matrícula fica desabilitado de concorrer a uma bolsa”, completou.

Não há um número oficial de alunos afetados, mas uma estimativa da comissão de bolsistas dá conta que são 180 os reclamantes. 




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