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Consórcio de autopeças estréia nos EUA
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
05/04/2005 | 14:15
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Reforçar as marcas e estrear com força no mercado externo. Esses são os objetivos do consórcio de exportação de autopeças do Grande ABC em sua primeira participação no SAE World Congress, um dos mais importantes eventos automotivos do mundo e que será realizado dos próximos dias 11 a 14 de abril em Detroit (EUA). Intitulado ATA (Autoparts Technologies Alliance), o consórcio é formado por nove pequenas e médias indústrias – das quais seis são da região – que se associaram há quase dois anos em um esforço conjunto para impulsionar vendas no mercado internacional.

A ATA terá estande no evento que, além de concentrar palestras de especialistas, servirá como oportunidade de contatos com sistemistas (fabricantes de conjuntos de peças) e montadoras. A grandiosidade da feira pode ser medida pela participação de empresários e executivos de todo o mundo. Haverá 725 empresas expositoras e 1.520 palestras sobre as últimas tendências tecnológicas. Na última edição, o SAE (em inglês, Sociedade de Engenharia Automotiva) Congress recebeu 35 mil visitantes.

O gerente da ATA, Geraldo Celso Nunes, deverá levar amostras de produtos e distribuir catálogos impressos e em DVD, com o portfólio das empresas da região. A feira é restrita a executivos e empresários do ramo. Logo após a SAE, Nunes e outros representantes do consórcio farão visita à empresa compradora Taurus International, em New Jersey (EUA), e poucos dias depois, irão ao México, em missão comercial, para realizar outros contatos.

Para o diretor superintendente da entidade da região, Ricardo Pugliesi, durante o congresso normalmente não são fechados negócios mas há a perspectiva de aproximação com potenciais clientes. Ele destaca que as empresas consorciadas têm como perfil serem fornecedores de peças sob projeto e serem de subsegmentos diversos (estamparias, fabricantes de artefatos de borracha, de itens eletrônicos, fundição e outras).

Balanço – O consórcio foi constituído no final de 2003 com o apoio da Apex (Agência de Promoção de Exportações) que aportou recursos – orçamento estimado de R$ 2,4 milhões – para capacitação técnica, prospecção de mercado e participação em feiras, pelo prazo de dois anos. Em julho deste ano vencerá o prazo de vigência da parceria e a intenção dos empresários é solicitar novo convênio com a agência federal.

A meta inicial, firmada no acordo, era alcançar US$ 4 milhões em contratos de vendas exterior por meio da ATA. Segundo Nunes, o número ainda não foi alcançado, mas há cotações em andamento que podem impulsionar os resultados. Pugliesi afirma que as ações em conjunto deram fôlego para as consorciadas se aprimorarem tecnicamente, para buscarem potenciais clientes e oferecerem leque mais amplo de tecnologias, por meio do grupo.

O esforço em conjunto permitiu que algumas consorciadas dessem os primeiros passos no exterior em 2004. Uma delas foi a pequena fabricante Soumetal, de São Caetano, que realizou no ano passado duas vendas para a Inglaterra, que somaram US$ 90 mil – 5% do faturamento anual. “Já tenho outras sondagens e uma nova encomenda acertada”, disse o diretor da Soumetal, Tarcísio Souza.



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