A indústria paulista deu uma reagida em fevereiro, com crescimento de 1,2% na produção em fevereiro sobre janeiro, principalmente por causa do desempenho do setor automotivo.
Segundo o diretor do Depecon (Departamento de Estudos e Pesquisas Econômicas) da Fiesp/Ciesp (Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Francini, o setor de veículos foi "claramente responsável" tanto pela grande queda do índice em janeiro quanto pela recuperação em fevereiro. Ele avalia que a retração, no primeiro mês do ano, teve relação com as férias coletivas no segmento, que afetou as horas trabalhadas nas fábricas.
A ligeira alta, no entanto, não compensa a queda de 1,4% nos últimos 12 meses. A variação negativa é ainda maior na comparação de fevereiro de 2012 com o mesmo mês de 2011, quando o índice registrou declínio de 8,8%.
Mesmo após o anúncio, feito pelo governo, de medidas de incentivo à produção nacional, o diretor da Fiesp e do Ciesp acredita que a recuperação da indústria será lenta e gradual e que a indústria dificilmente ficará em 2012 com resultado igual ao de 2011. Para chegar à taxa de crescimento zero, o setor precisa registrar alta mensal de 0,8% desde março até dezembro deste ano, uma tarefa considerada "praticamente impossível", avalia Francini.
No entanto, a tendência é de melhora, avalia o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero. Ele avalia que devem gerar efeitos positivos os esforços do governo em proteger a montadoras instaladas no Brasil.
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