Cultura & Lazer Titulo Música
Adolar Marin
cheio de energia

Músico paulistano que cresceu e iniciou carreira em São
Bernardo mostra novo CD neste sábado, em São Caetano

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
03/05/2013 | 07:00
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Divulgação


Não precisa ir muito longe para encontrar música boa. Muitas vezes ela está bem debaixo do nosso nariz. Adolar Marin, figura conhecida na região, é prova disso. O paulistano que cresceu e começou carreira em São Bernardo, tira do forno disco de inéditas.

Epílogo (Tratore, R$ 20 em média) traz no repertório 12 composições, todas autorais. Para a empreitada, o músico é acompanhado por Marcos Klis no contrabaixo elétrico e acústico e Humberto Zigler na bateria e percussão. O trio aproveita para mostrar ao público o resultado do trabalho com show amanhã, às 21h, em São Caetano, na Companhia da Matilde. As entradas, à venda no local, custam R$ 20.

A receita que aborda a obra é basicamente o blues. "O Humberto e o Marcos são músicos que vêm dessa cena blues de São Paulo. E eu sempre ouvi muito rock e blues. Clapton, Jeff Beck, Zeppelin, Stones, B.B. King. A proposta foi vestirmos minhas composições com essa sonoridade", conta Marin que, além da voz, cuida da guitarra e violão. Essa referência está escancarada em faixas como Teimosia e Blues de Carnaval, regadas a solos e levadas certeiras.

Mas não é só blues. Mesmo sendo o carro-chefe do disco, é possível notar arranjos de MPB e pitadas de jazz ao longo do caminho, caso de momentos como Minha Canção. Isso sem contar em momentos delicados e graciosos como a canção Clara Manhã.

O trabalho conta com participações especiais. Entre os convidados estão Kleber Albuquerque, Lucia Santos, Roberto Simões, Léo Nogueira e Guilherme Costa.

Marin toca há 25 anos e grava discos há 15. E esse é outro que chega de forma independente. Epílogo coloca fim ao hiato de sete anos sem lançamentos do músico. "Acho muito tempo entre dois trabalhos, uma coisa que pretendo mudar. Mas as razões, o básico mesmo, é que demoro, meu timing é lento, meio ‘caymmiano'", diz. "E também porque sou chato com as gravações, com sonoridade, arranjos, escolha de estúdio etc. Não quero lançar um disco sem qualidade musical. Quem me acompanha desde o Qualquer Estação, de 1999, sabe disso. Não gravo por gravar, só para ‘desovar' as novas canções", afirma.

Mas esse tempo todo não quer dizer falta de trabalho. Além dos shows realizados, as canções foram surgindo nesse período, ganhando força e amadurecimento nas apresentações.

Uma delas, Trindade, passa a impressão de pedido de paz. "Essa canção é anterior a esse período todo. Porém, como venho achando o ser humano cada vez mais violento, e portanto, cocriador da violência, Trindade se torna um pedido de paz e reflexão interior".

Adolar Marin Trio - Música. Amanhã, às 21h. Na Companhia da Matilde - Rua Senador Vergueiro, 551, São Caetano. Tel.: 2759-1756. Ingr.: R$ 20.




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