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Confira as opções para comprar carro em parcelas
Carolina Rodriguez
Do Diário do Grande ABC
23/02/2002 | 18:09
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  Comprar um carro à vista nem sempre está ao alcance de todos os consumidores. Quem pensa em adquirir um veículo ou trocar o velho por um novo, e não tem dinheiro para quitá-lo, poderá optar por uma das três modalidades existentes no mercado: consórcio, financiamento (Crédito Direto ao Consumidor – CDC) e leasing.

O consórcio é a opção mais barata. Segundo o vice-presidente da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira, não há incidência de juros, apenas a cobrança de, em média, 15% de taxa de administração, válida para todo o período de vigência do contrato, ou seja, 12, 24, 36 ou 48 meses, dependendo da escolha do cliente. Desta maneira, o percentual acaba sendo diluído nas prestações e causa impacto menos negativo no bolso do consumidor. Para um contrato de compra de veículo em 36 meses, por exemplo, a taxa é de 0,77% ao mês.

A desvantagem, no entanto, é que o consumidor não recebe o bem no ato da compra. A aquisição é feita por meio de sorteios ou lances. “Geralmente as pessoas reservam alguma quantia extra para dar de entrada na compra de um veículo. O que o consumidor pode fazer é guardar o dinheiro que daria de entrada na compra do carro financiado e dar como lance no consórcio. Além de pagar menos, pode levar o bem na hora”, orienta o economista.

Por conta do baixo custo financeiro, o sistema de consórcio vem crescendo a cada ano no país. De acordo com a Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios), o setor de automotores registrou crescimento de 9,4% no ano passado, se comparado ao período anterior. Em 2001 foram comercializadas 443,3 mil cotas contra 405,1 mil em 2000. O total de participantes passou de 54,5 mil para 72,8 mil, um incremento de 33,5%.

Ao contrário do consórcio, uma das vantagens do financiamento é que o consumidor recebe o bem no ato da compra. A desvantagem é que a modalidade oferece uma das taxa mais altas do mercado, cerca de 2,9%, segundo um levantamento da Anefac. “A orientação é que o consumidor aproveite os feirões das montadoras, quando os veículos são vendidos com juros zero para desencalhar o estoque no pátio das fábricas”, disse Ribeiro.

Dados da Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), no entanto, mostram que o financiamento é a modalidade preferida dos consumidores atualmente no país. Do total de vendas de veículos, 90% são realizadas a prazo, sendo que, destas, 60% feitas por meio de CDC. O restante varia entre consórcio e leasing. Em 1997, os financiamentos participavam com 23% do mercado, o leasing também com 23%, consórcios (19%) e à vista (36%).

Depois da maxivalorização do dólar em 1999, o leasing, modalidade na qual a correção está atrelada à variação da moeda norte-americana, perdeu espaço no mercado. Muitos bancos deixaram de oferecer este sistema, outros mudaram a forma de correção e passaram a utilizar TR, TJLP e juros pré-fixados. As taxas são menores do que as praticadas nos financiamentos, mas a burocracia acaba sendo um dos entraves da modalidade. Por se tratar de um arrendamento, o carro fica em nome do banco e o consumidor não pode vender o bem enquanto não quitá-lo na financeira.




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