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Empresa de S. Caetano fabrica chips para bois
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
19/01/2009 | 07:09
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Em tempos de crise, ou empresas se adaptam ao mercado adotando soluções contingenciais ou demitem funcionários e desperdiçam o investimento em treinamento de pessoal. A Ox-Mobile, fabricante de chips rastreadores de bovinos de São Caetano, seguiu a primeira opção: permanecer nos atuais 350 m² em vez de iniciar construção em um terreno com o dobro do tamanho.

"Embora estejamos apertados e a secretária esteja quase caindo escada abaixo, optamos por não ampliar os gastos neste momento, pois já estamos com uma demanda menor desde o final do ano passado. Assim, conseguimos manter os 40 funcionários empregados", conta Roque Rosseti, diretor administrativo financeiro da Ox-Mobile.

A fábrica, que possui dois anos de vida, investiu no ano passado R$ 5 mil em treinamento para seus fincionários. "Sempre dois ou três estão frequentando algum curso no Senai. Por ser aos sábados, não atrapalha no expediente", relata Rosseti. O montante incluiu, ainda, aulas de ginástica laboral que, segundo o diretor, auxiliam na postura e segurança durante o trabalho.

PRODUTO
Entre os clientes da Ox-Mobile, que faturou uma média de R$ 500 mil por mês em 2008. encontram-se frigoríficos e fazendeiros do centro-oeste do País, especialmente no Mato Grosso do Sul.

Seu produto consiste em uma bobina que funciona sem geração de energia. Ela é inserida em chips de plástico, pregados nas orelhas dos bois. "Cada bobina tem um número para identificar o animal. Utilizando a vara de leitura (que a empresa importa da Alemanha e revende) é possível saber, no mesmo momento, qual a procedência do gado", explica. Nos últimos 15 meses foram vendidos 6 milhões de peças.

O chip é geralmente utilizado por fornecedores de que precisam se certificar em relação à saúde do animal, pois permite identificar se ele possui doenças, como febre aftosa, por exemplo. Além disso, oferece informações como a aptidão para o corte ou produção de leite. Este modelo é vendido a R$ 6,50. O modelo mais simples tem um código de barras e sai por R$ 3. Cada peça tem até 10 anos de vida útil, porém, esses animais costumam reproduzir pelo menos 35% de seu rebanho por ano.

MERCADO
Rosseti estima que existem hoje cerca de 20 milhões de bovinos identificados - de um rebanho com 200 milhões de cabeças no Brasil. "Atendemos a no máximo 3% do rebanho. Portanto, por mais que exista a crise, enxergamos uma possibilidade de crescimento".

Assim que a turbulência passar, a ideia é expandir em produção, pessoal e espaço. "Em vez de nos mudarmos para o terreno de 700 m2, agora cogitamos mudar de cidade, para Mauá, talvez, e ocupar uma área de 1,5 mil m2", finaliza.




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