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Região Nordeste do país atrai redes varejistas
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
10/06/2009 | 07:00
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A região Nordeste tem atraído os olhares dos empreendedores nacionais. Depois de Pão de Açúcar, Wal Mart e Carrefour, agora é a vez de a Casas Bahia entrar de forma mais agressiva no mercado baiano. Com a aquisição da Romelsa, rede de varejo de eletrodomésticos, o número de lojas do grupo na região de Salvador, na Bahia, aumenta para 21. A Casas Bahia foi procurada pela reportagem, mas não quis comentar o assunto.

"A região Nordeste é a única parte do Brasil que cresce na mesma proporção que o PIB (Produto Interno Bruto) chinês", comenta Renato Meirelles, sócio-diretor da agência de pesquisas Data Popular. Segundo o executivo, desde 2002, o aumento da renda média do trabalhador e as políticas públicas como o Bolsa Família vêm aumentando o potencial de consumo da região, atraindo redes varejistas e a indústria. "É a primeira vez que o público de baixa renda do Nordeste começa a fazer parte do mundo do consumo. O número de pessoas que ainda vão melhorar de vida lá é muito grande", destaca Meirelles.

José Bento Amaral Jr., coordenador da FGV Projetos, o braço de consultoria da FGV (Fundação Getulio Vargas), também vê a estabilidade econômica e os programas assistenciais do governo como fortes motores do consumo na região. "Com isso tanto a indústria como o comércio ficam aquecidos na região."

COMPETIÇÃO - É inevitável associar a operação à feita pelo Grupo Pão de Açúcar, que anunciou a aquisição da rede Ponto Frio na segunda-feira. A avaliação feita pelo mercado é de que a decisão da Casas Bahia vem como forma de reforçar a imagem da rede no mercado. "É claro que ninguém quer deixar de ser um player importante. Quando uma empresa está entre as maiores do seu setor, ela tem mais poder de barganha e se articula muito melhor nas negociações", aponta Amaral.

No entanto, para o coordenador, as fusões e aquisições são tendências do cenário econômico globalizado. "Todos os empresários estão ‘flertando com o peixe de olho no gato', em busca de oportunidades de expansão." No momento, Amaral acredita que apenas a rede Insinuante pode fazer frente à investida da Casas Bahia. "Ela pode tentar expandir seus negócios comprando alguma outra rede ou entrando em outras regiões do País."




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