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Clássico do Grande ABC opõe nova geração de técnicos
Dérek Bittencourt
Marco Borba
21/01/2010 | 07:00
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É hoje o dia! A região volta a respirar o tradicional clássico Santo André x São Caetano, que mais uma vez tem o Estádio Bruno Daniel como palco. O confronto pelo Campeonato Paulista - a partir das 21h50 - coloca pela primeira vez, frente a frente, nova geração de técnicos: Antonio Carlos e Sérgio Soares. A partida, cercada de cuidados e pelo tradicional mistério - os treinadores evitaram dar pistas do que devem mandar a campo -, já é vista como aperitivo para os outros dois embates previstos na temporada, pela Série B do Brasileiro.

O segredo é a tônica de Antonio Carlos para o duelo, tanto que não fez coletivo no Azulão. Treinou apenas situações de jogo, nas partes ofensiva e defensiva, mas deve escalar o mesmo time que venceu o Paulista na primeira rodada.

Já Sérgio Soares comandou trabalho de posicionamento com características reais de partida, parando e explicando a todo momento o que queria de cada um dos possíveis titulares do Ramalhão. Do empate contra a Ponte Preta, o único desfalque será Halisson, suspenso, que dará lugar a Cesinha. Arthur deve perder a vaga na lateral esquerda para a estreia de Carlinhos. Nas demais posições, tudo igual.

Acostumado a clássicos - defendeu os quatro grandes do Estado de São Paulo -, Antônio avalia que o pega regional não se torna menos importante por se tratar de equipes médias do futebol nacional. "Clássico é sempre clássico. Tem sempre algo diferente das demais partidas. Um exemplo é sentir a presença do torcedor nos treinos nos últimos dias. É sempre algo especial, a gente sente isso."

Na visão de Sérgio Soares, o SanSão do Grande ABC deve ser cercado de equilíbrio, como os números mostram: são quatro empates nos últimos cinco jogos (veja mais na página 2) - no último deles, vitória do Azulão por 1 a 0, gol de Cascata, pelo Estadual do ano passado. "Deve ser um jogo com um baita equilíbrio, como sempre", diz o treinador.

Este é o primeiro clássico regional de Antonio Carlos como treinador. "Enquanto jogador só atuei contra o Caxias quando defendi o Juventude", recorda-se. "É bom viver essa emoção de novo."

Já o técnico andreense já viveu o clássico pelos dois lados e não vê vantagem por ter dirigido o rival recentemente (deixou o Azulão em junho passado). "São momentos e situações diferentes. O Santo André reformulou o elenco, enquanto o São Caetano manteve a base montada pelo Antonio Carlos. Conheço a característica de alguns jogadores, mas agora eles usam outro esquema", afirma.

O técnico do São Caetano aposta que o fato de ele e Sérgio Soares terem sido jogadores de defesa não tornará o duelo truncado. "Desde o ano passado minha equipe sempre jogou para a frente. Procuramos ter sempre a posse de bola e trabalhar a jogada. Isso, às vezes, dá a falsa impressão de que somos um time defensivo", analisa.




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