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Crédito é solução imediata, mas é preciso cuidado
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
27/03/2010 | 07:00
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Na hora de utilizar crédito, é necessário tomar cuidado para não afundar nas dívidas e na inadimplência. O diretor do curso de Economia da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Francisco Funcia, alerta: "Só deve buscar o crédito quem realmente precisa dele".

Os últimos dados do BC (Banco Central do Brasil) apontam que o volume contratado no País, em fevereiro, foi de R$ 1,43 trilhão, 16,8% a mais do que em igual período em 2009. O mês teve a taxa média de juros do crédito à pessoa física mais baixa desde 1994, com 41,9% ao ano. E o Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) informou que o consumidor está confiante na economia aumentou a intenção de compra.

Quem for acompanhar esta expansão de oferta e demanda precisa se planejar, segundo o assessor técnico da Serasa Experian, Carlos Henrique de Almeida. "Pagar dívida com dívida é uma fórmula que não dá certo", diz, alertando que os riscos de cair em inadimplência são maiores.

Ele explica que na hora de pegar crédito, tanto por cartão, cheque, financiamentos ou empréstimos, o tomador precisa saber se terá condições de pagar. "Mas o ideal, porém mais difícil, é liquidar os débitos à vista", completa. O consumidor deve calcular o seu orçamento e levantar qual é a sua capacidade de pagamento mensal antes de comprar.

Almeida destaca que não é interessante acumular débitos. "Pois podem aparecer dívidas futuras", o que se tornar uma bola de neve.

Outros perigos são os débitos com custo elevado, aquelas cujas taxas de juros são mais altas. "Este é o caso do cartão de crédito e cheque especial. Eles são modalidades de crédito emergencial, por isso são caros", afirma Almeida.

Funcia aconselha a utilização do cheque especial apenas "quando não houver outra opção". Já o cartão "pode ser utilizado quando o preço será o mesmo ao do pagamento à vista", completa o acadêmico.




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