O ministro da Justiça, Daniel Friedman, e o Grande Rabino sefardim Shlomo Amar Israel anunciaram nesta quarta-feira à noite em nota conjunta que Israel vai instaurar o casamento no civil em seu território.

Segundo um acordo fechado entre o ministro e o rabino, uma lei permitirá aos judeus, que não são reconhecidos como tais pelo Grande Rabinato de Israel, a contrair matrimônio perante uma jurisdição civil competente em matéria de divórcio. Em virtude desse acerto, o Grande Rabinato consegue, como contrapartida, a possibilidade de estabelecer tribunais rabínicos com poder para se pronunciar sobre as conversões ao judaísmo.

Em Israel, considera-se que uma pessoa é judia se tiver mãe judia ou se tiver se convertido ao judaísmo, conforme estipula a Halacha, a estrita tradição religiosa ortodoxa.

Nos últimos 15 anos, mais de um milhão de imigrantes chegaram a Israel procedentes da ex-União Soviética, dos quais 270 mil não são judeus, nem professam outra religião.

Para celebrar uma boda civil, os israelenses eram obrigados, até hoje, a viajar para o exterior, freqüentemente o Chipre, e depois revalidar sua união diante do Ministério do Interior.