O compromisso da comissão de negociação com o atendimento das reivindicações feitas pelos amotinados da Penitenciária Lemos Brito, do Complexo Penitenciário de Salvador (Bahia), terminou na noite desta segunda-feira com uma rebelião que durou quase 34h no presídio. Os seis guardas e 52 visitantes mantidos reféns desde as 11h de domingo foram libertados na noite desta segunda, sem ferimentos.

A principal reivindicação dos cerca de 120 presos do pavilhão 2 é a volta de quatro detentos que foram transferidos para Feira de Santana. As autoridades se comprometeram a recolocar os presos em Lemos Brito até 18 de março, depois de eles prestarem depoimentos. Outros compromissos são com a melhoria na qualidade da comida, do atendimento médico, do fornecimento de remédios e de colchões. Os líderes da rebelião serão poupados de retaliações.

O motim começou durante a visita dos familiares. Armados com facas e estiletes artesanais, os detentos tomaram sete agentes penitenciários e iniciaram a rebelião. Os presos alegaram que visitantes ficaram por conta própria, em solidariedade a eles. Além das armas, os amotinados contavam com dois telefones celulares, que foram usados para comunicação com autoridades e jornalistas.