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Sindicato vai à Justiça contra mudança no plano de recuperação da Varig
Da Agência Brasil
30/05/2006 | 19:45
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O Sindicato Nacional dos Aeronautas entrou na Justiça do Rio de Janeiro com agravo de instrumento questionando as alterações incluídas no plano de recuperação da Varig. No último dia 9, durante assembléia de credores da empresa, foi aprovada a proposta de consenso apresentada pelo TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) e pela consultoria americana Alvarez&Marsal, contratada para cuidar da reestruturação.

Segundo Élnio Borges, diretor do sindicato, a entidade aprovou com ressalvas a proposta de venda por meio de leilão: rejeitou a oferta somente da parte nacional, a chamada Varig Regional, e aprovou a venda dos ativos completos, na chamada Varig Operacional, que engloba as linhas domésticas e internacionais.

A ação na Justiça questiona, entre outros itens, a venda em separado das rotas da Varig. "O agravo está atacando, fundamentalmente, as alterações promovidas no plano de recuperação", segundo Borges, com base no princípio de que a Lei de Recuperação de Empresas não permite alteração do plano, ao contrário da interpretação da Justiça. Também é questionada, na ação, a possibilidade de, numa segunda oferta, a Varig ser vendida por qualquer valor, se não for atingido o preço mínimo na oferta inicial.

O sindicato discorda ainda da destinação que será dada ao dinheiro arrecadado no leilão. No caso de venda da Varig integral por US$ 860 milhões, determinou-se que a parte limite de investimentos na empresa seria de US$ 100 milhões e que o restante seria para pagar contas atrasadas. "Nossa proposta é resolver pelo menos a metade do passivo junto com a Varig Integral e a outra metade ajudar a ser paga pela Varig Integral e pela Varig Comercial", disse.

Quanto à venda separada da parte nacional da empresa, o sindicalista disse que, nessas condições, a Varig Internacional depois não sobreviverá sem a doméstica. A proposta pela separação, explicou, em tese significa vender a parte doméstica sem passivo nenhum. Borges defendeu ainda a apresentação de um laudo econômico-financeiro de sustentabilidade, assinado pelo administrador judicial da Varig (Deloitte) ou pela empresa encarregada de sua reestruturação financeira (Alvarez&Marsal).




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