Os atrasos na construção e reforma dos estádios para a Copa de 2014 vão fazer a conta final do Mundial ser bem superior ao que todos imaginavam há cinco anos, quando o Brasil foi escolhido como sede.

A constatação foi feita pelos próprios dirigentes da Fifa, que ontem colocaram pressão total sobre o País por conta das dificuldades na organização e deixaram claro: o Brasil não deve economizar dinheiro para garantir que tudo esteja preparado.

Os custos atuais da Copa são conflitantes. Relatório recente do TCU (Tribunal de Contas da União) aponta valor pouco superior a R$ 25 bilhões, com base em dados da Matriz de Responsabilidade. Mas o próprio órgão reclamou da desatualização dos dados constantes na matriz e deu 60 dias de prazo ao Ministério do Esporte para atualizar as informações.

Na avaliação dos integrantes da Fifa, os atrasos farão o preço final do Mundial explodir. Alguns chegam a falar em altas de até 30%. Estes cartolas acreditam que, para tirar o atraso, empreiteiras vão exigir mais dinheiro e processos de licitação não cumprirão todas as regras.

As greves e protestos feitos por sindicatos também acabarão sendo superadas com altas de salários, que serão repassados pelas empresas aos organizadores do Mundial.