A OMT (Organização Mundial de Turismo) pediu nesta quarta-feira aos governos e meios de comunicação prudência e "senso de responsabilidade" na hora de informar sobre a gripe das aves para não desestimular as pessoas a viajar "sem uma boa razão".
"O alarmismo infundado pode provocar uma forte queda da atividade turística, que seria nefasta para a economia, sobretudo dos países em desenvolvimento, e reduziria os rendimentos de milhões de trabalhadores do setor", disse o secretário-geral da OMT, Francesco Frangialli.
Ele pediu a governos e meios de comunicação que evitem "uma repetição do pânico que a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) causou em 2003", segundo nota da OMT, que tem sede em Madri.
De acordo com a organização, naquele ano, o temor do Sars causou uma queda de 9% nos desembarques internacionais no nordeste da Ásia e de 14% no sudeste asiático.
"As pessoas não devem ser dissuadidas de viajar sem uma boa razão", acrescentou o secretário-geral da OMT.
Esta organização tem previsto reunir-se com a OMS (Organização Mundial da Saúde) com a finalidade de implantar medidas contra o eventual impacto que a epidemia de gripe das aves possa ter sobre o setor do turismo.
"O objetivo de nossa reunião com a OMS é ajudar para que o setor turístico esteja melhor informado e preparado. Nossa mensagem é o de não reagir de forma excessiva, não ceder ao pânico, mas tampouco subestimar o problema", disse Frangialli.
O secretário-geral da OMT, para quem "ainda há muitas perguntas sem respostas em relação à gripe das aves", lembrou que no ano passado o setor do turismo no mundo teve um rendimento de US$ 622 bilhões provenientes de 763 milhões de turistas e atualmente cresce a um ritmo de 6%.
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