O presidente do Chile, Ricardo Lagos, visitará o Brasil na próxima segunda-feira, como primeira etapa de uma viagem que também o levará à Venezuela e Colômbia. Ele vai defender a eleição do ministro chileno do Interior, José Miguel Insulza, para secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos).

Lagos, acompanhado pelo chanceler Ignacio Walker, chegará ao meio-dia de segunda ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde se reunirá com o presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Após o encontro, os dois líderes concederão uma entrevista coletiva, antes de participar de um almoço de trabalho na capital paulista. "O presidente Lula estava em uma viagem pela África, não tive oportunidade de conversar com ele. Me pareceu, em conseqüência, conveniente poder trocar idéias a respeito disso e de outros temas, e essa é a razão pela qual vou fazer uma escala de cerca de duas horas no Brasil", disse Lagos na quinta.

O encontro acontecerá uma semana depois da votação para a secretaria-geral da OEA, na qual Insulza e o chanceler mexicano, Luis Ernesto Derbez, ficaram empatados, recebendo 17 votos cada nas cinco rodadas da eleição. Uma nova eleição foi marcada para o dia 2 de maio.

Depois de sua reunião com Lula, Lagos viajará a Caracas, para se reunir com o presidente Hugo Chávez, e visitará a Colômbia, a convite do presidente Álvaro Uribe. A viagem de Lagos ao Equador foi cancelada devido à crise política que ameaça o governo de Lucio Gutiérrez.

Encontro- O chanceler Ignacio Walker participará na terça-feira da Primeira Reunião de Chanceleres da Comunidade Sul-Americana de Nações, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

O encontro vai preparar a Primeira Reunião de Chefes de Estado da Comunidade Sul-Americana, integrada por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Guyana e Suriname.