"Os barcos são a alegria deste lugar. Toda tarde tem festa quando chegam do mar. Os velhos numa mesa são como uma visão. Bebendo a tarde inteira cantando uma canção." Com estes versos da música Santorini Blues, o eterno Paralamas do Sucesso Herbert Vianna conta o que viu quando esteve na ilha grega de Santorini, pertencente ao arquipélago de Cíclades e banhada pelo Mar Egeu. Cercada de belezas e mistérios, a ilha estampa diversos cartões-postais gregos com suas casinhas pintadas de branco que escalam as montanhas e contrastam com o azul intenso do oceano.

Há quem defenda a tese de que esse pedaço de terra tenha ligação com o continente perdido de Atlântida. Mitos à parte, Santorini tem muitas histórias indiscutivelmente verídicas para contar. A começar pela própria origem de sua singular topografia, provocada pela erupção de um vulcão em 1450 a.C..

O incidente formou penhascos à beira-mar onde, hoje, estão incrustadas cidadelas brancas, quase verticais, sobre as rochas. É o caso de Thera, que abriga a maioria dos bares e clubes.

Também vale conhecer as vilas de Oia e Amoundi; as ruínas de uma cidade minoica destruída por volta de 1500 a.C., em Akrotiri; e a Red Beach, praia de areia vulcânica e água transparente, rodeada por falésias vermelhas.

O acesso à ilha pode ser feito de avião (em pouco mais de uma hora) ou ferry-boat a partir de Atenas. Via marítima, a viagem dura de sete a nove horas, e custa em torno de 30 euros. Mas vale para contemplar o mar. Afinal, como diria Herbert Vianna em sua música, "quem não vê azul profundo, não tem mais para onde olhar".