Apesar do leve crescimento industrial em julho, o chefe do Departamento de Indústria do IBGE, Sílvio Sales, acredita que ainda é cedo para afirmar que começou o processo de recuperação do setor. Segundo ele, a indústria brasileira terá dificuldades para fechar o ano no azul. “A trajetória continua em queda, só que agora foi menor”, disse.
No acumulado dos sete primeiros meses de 2003, a indústrias brasileiras produziram 0,3% a menos que no mesmo período no ano passado. Apesar da queda, os 12 meses acumulados até julho acumularam expansão de 1,9% na produção industrial.
De acordo com o IBGE, o avanço em julho reflete, principalmente, a recuperação da indústria extrativa mineral, que registrou um crescimento de 8,8%. O setor foi beneficiado pela extração de petróleo e gás, pela Petrobras, que compensou em julho parte das perdas por causa das paralisações técnicas de junho.
No índice por categorias de uso, os bens intermediários tiveram o primeiro resultado positivo em cinco meses, com aumento de 1%, influenciado pela normalização na produção de petróleo. Os bens de consumo duráveis cresceram 0,7% em relação a junho, enquanto os bens de capital subiram 0,4%. Os semiduráveis e não-duráveis, no entanto, mantiveram em julho a queda do mês anterior, de 2,1%.
Na comparação com julho de 2002, 13 dos 20 ramos pesquisados pelo IBGE tiveram queda. As principais foram nos setores de fumo (-60%), farmacêutico (-22,7%) e material elétrico e comunicações (-14%). Já as maiores altas na produção ocorreram nas indústrias mecânica (+4,7%), metalúrgica (+4%) e extrativa mineral (+2,3%).
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