O plano, que possibilitaria a fuga dos presos de quatro celas da ala externa, foi descoberto quando os carcereiros de plantao estranharam a agitaçao da cachorra, que latia muito. Como o cao costuma ser tranqüilo, eles foram averiguar e descobriram o túnel. A passagem, de 1,5 m de largura por três de extensao, saia do xadrez número 3 e terminava em um terreno existente atrás da cadeia. Os presos dos outros xadrezes teriam acesso ao túnel por buracos abertos nas paredes. Os carcereiros deram o alarme a transferiram os presos para o pátio interno.
Durante a revista, foram apreendidos um estilete, uma broca, um alicate, um cadeado e dois revólveres de brinquedo. O diretor da cadeia, delegado Dirceu Marcelino, embora negando que todos os méritos sejam da cachorra, disse que a fuga ocorreria provavelmente naquela noite. Segundo ele, os carcereiros ouviram batidas vindas da cela três e já estavam desconfiados. Mas, segundo os funcionários, eles nao sabiam do túnel. Foi a cachorra que, latindo, apontou o local de saída, na área externa da prisao.
Nesta quinta, funcionários brincavam com a "Mazé", ameaçando "entregá-la" aos presos. Por causa da tentativa de fuga, eles ficaram sem o banho de sol. A cadeia tem capacidade para 160 detentos, mas abriga 420. A lotaçao já chegou a ser superior a 650 presos, causando seguidas tentativas de fugas. O prédio está com a estrutura comprometida, principalmente por causa dos inúmeros túneis abertos pelos presos para fugir.
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