Um documento assinado durante as negociações também prevê a transferência de outros 380 detentos para outras unidades prisionais no prazo máximo de um mês.
Até o início da tarde desta terça-feira, cerca de 32 prisioneiros haviam sido transferidos para a Casa de Detenção Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, também em Belo Horizonte. De acordo com as previsões, pelo menos 42 detentos serão transferidos até o final do dia.
O Ceresp tem capacidade para 405 homens, que deveriam ficar no local apenas enquanto esperam julgamento, mas abriga atualmente mais de 670 presos.
Após a rebelião, cerca de 70% das celas do Ceresp ficaram totalmente destruídas, o que dificulta as condições de abrigar novamente os presos, segundo o diretor do presídio, José Camargo da Silva.
Camargo afirmou que abrirá uma sindicância para descobrir como as quatro mulheres, liberadas nesta terça-feira, entraram na casa de detenção, e se foram elas que entregaram aos prisioneiros os três revólveres calibre 38 e um celular usados na rebelião.
A reconstrução do centro deverá ser concluída em 15 dias. Durante esse período, a PM informou que reforçará o policiamento com pelo menos 40 homens. O restante dos prisioneiros será transferido provisoriamente para outros centros.
Cansaço - A estratégia da polícia na negociação foi vencer os amotinados pelo cansaço. O fornecimento de água, luz e alimentos foi suspenso. Além disso, durante a noite desta segunda-feira as viaturas mantiveram suas sirenes ligadas para não deixar os presos dormir.
Após uma revista no presídio, a Polícia Militar apreendeu facas e dezenas de objetos cortantes. Os detentos entregaram a polícia os três revólveres calibre 38.
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