O ex-prefeito de Santo André João Avamileno (PT) está descontente com o posicionamento da bancada de seu partido no que diz respeito à oposição ao governo Aidan Ravin (PTB). O petista afirma que irá expor a insatisfação na reunião do diretório, marcada para amanhã.
"Vou dar uma sugestão. Os vereadores são donos de si, mas tenho de forçar o debate interno porque acredito que temos de mudar de direção. É preciso questionar e fazer oposição ao Aidan, mas não porque ele está contratando o Instituto Nova ou porque tirou o Instituto Castanheira. E sim cobrar onde estão as propostas, as promessas de campanha e o que foi implementado até agora. Cadê o Orçamento Participativo? Temos de trabalhar neste sentido", observou.
Da mesma forma, Avamileno criticou a postura da administração petebista, de apontar irregularidades em contratos firmados na gestão petista, remetendo-os ao Ministério Público. "O debate tem de ser mais consistente, não vazio. Não levam a nada essas trocas de farpas sem algo concreto."
O ex-chefe do Executivo condenou a reclamação de Aidan sobre os supostos gastos do Castanheira para abrigar cada criança no Lar São Francisco - segundo o qual, o valor ficaria entre R$ 4.000 e R$ 5.000. "Cuidado com criança não tem preço. É preciso dar assistência 24h por dia. Não vou questionar o Aidan, seja qual for o valor gasto por ele, pois sei que esse amparo é caro."
Discordância - A bancada petista não compartilha da avaliação do ex-prefeito de que a linha adotada pela oposição esteja equivocada. "Não há exageros. Até agora, temos reagido muito mais às ações do governo do que partido para o ataque. O ex-prefeito deve estar ressentido por achar que a nossa atitude possa prejudicá-lo, o que não é verdade", disse Tiago Nogueira.
Segundo Jairo Bafile, o Jairinho, o PT está sendo "bonzinho" com a administração. "Temos contribuído para corrigir projetos, como o da reforma administrativa. O João é meu amigo, mas se estivesse no meu lugar faria o mesmo."
"O trabalho é sério. O (ex) prefeito que fique tranquilo e deixe a bancada atuar, pois fazemos o papel para o qual fomos eleitos", afirmou José Montoro Filho, o Montorinho.
Para Antonio Leite, as denúncias são fundamentadas. "Se há um contrato com indícios de irregularidades temos de bater mesmo."
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