A Casa Branca decidiu reassumir a administração da política americana para o Iraque, medida que irritou o Pentágono, principalmente o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld. Em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal Financial Times, Rumsfeld lamentou não ter sido avisado antes do público da decisão do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, de formar um novo grupo de estabilização para o Iraque, liderado pela conselheira da Segurança Nacional, Condoleezza Rice.

O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, tinha afirmado, nesta segunda-feira, que ‘o Pentágono dirige’ as operações no Iraque, acrescentando que tanto Rumsfeld como Paul ‘Jerry’ Bremer, o administrador civil americano no Iraque, haviam participado da criação do novo grupo, que tem como objetivo coordenar os esforços dos diferentes órgãos, e ajudar o ministério da Defesa e Jerry Bremer.

O Congresso americano ainda não se pronunciou sobre a verba suplementar de US$ 87 bilhões, solicitada por Bush, para financiar as operações de reconstrução e estabilização do Iraque e do Afeganistão. Muitos parlamentares democratas, e alguns republicanos, consideram excessivos os US$ 20 bilhões destinados à reconstrução do Iraque.

A conselheira da Segurança Nacional, Condoleezza Rice, defenderá, nesta quarta-feira, a nova estratégia da Casa Branca sobre o Iraque, durante um discurso em Chicago. O presidente Bush também fará um pronunciamento sobre o assunto, nesta quinta-feira, em New Hampshire, assim como o vice-presidente Dick Cheney, nesta sexta-feira em Washington.