Economia Titulo
Importação de veículos cresce 8,4%
Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
16/01/2007 | 22:43
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As vendas de veículos importados no Brasil preocupam o mercado para as empresas importadoras. Dados divulgados pela Abeiva – associação que representa a BMW, Ferrari, Kia, Maserati, Porsche e SsangYong – revela que o número de automóveis e comerciais leves vendidos em 2006 ficou abaixo do esperado: 5.894 unidades, contra as 6 mil estipuladas como base mínima de vendas. Apesar de o número ser considerado fraco, representa crescimento de 8,47% em relação ao ano de 2005, quando 5.434 foram comercializadas.

Entretanto, a importação, como um todo obteve crescimento de 84,16%, passando de 79.746 unidades, em 2005, para 146.857 veículos, em 2006. Segundo Gandini, o crescimento exorbitante é justificado pelas importações realizadas pelas próprias montadoras, que possuem filiais no México e na Argentina. “Nossas associadas, que trazem carros da Europa e da Coréia do Sul, não conseguem concorrer com a importação das montadoras”, explica.

Assim, enquanto os importados em geral ampliaram a participação de mercado, em 2005, de 4,86% para 7,89% em 2006, a participação isolada das associadas a Abeiva caiu de 0,33% em 2005 para 0,32% em 2006.

Para o presidente da Abeiva, José Luiz Gandini, a alíquota de importação de 35% injetada no preço do carro, já calculado para o mercado brasileiro, faz com que a relação custo-benefício não traga vantagens ao consumidor. “Na verdade existem duas taxas no Brasil, a de 35% e a de 0%. Quando cito esta última, refiro-me à isenção de impostos dos veículos importados do México e da Argentina, devido aos acordos de livre comércio”, explica Gandini.

Sobre a taxa de importação, ainda são calculados os impostos fixos de circulação no mercado brasileiro, como PIS/Cofins, IPI e ICMS. “Já fizemos diversas reuniões com o Ministério do Desenvolvimento e aguardamos respostas. Não queremos alíquota zero, mas sim, uma taxa que permita competir no mercado”, ressalta.

PREVISÃO
Para a Abeiva, que chegou a registrar 17 mil unidades vendidas em 2000, os números das vendas ainda são modestos, inclusive os estimados para este ano. Segundo o presidente da associação, aguarda-se crescimento de 8% nas vendas de 2007, o que equivale a 6,5 mil unidades.

“Se nada mudar em termos de impostos, o crescimento não será superior a 8%. Porém, o mercado não pode continuar assim, até porque são os carros importados que servem como base de referência para estabelecer os preços dos veículos fabricados no Brasil.”



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