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Impostômetro falha durante visita de Serra
31/08/2010 | 08:41
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Uma falha no impostômetro, painel da Associação Comercial de São Paulo, que contabiliza o imposto arrecadado em todo o País, frustrou ontem os planos do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de acompanhar a virada que marcaria o recolhimento de R$ 800 bilhões em tributos. Em frente ao painel, localizado na região central da Capital paulista, desde as 11h20, Serra esperava a virada, ao lado do candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de líderes do PSDB e DEM.

Por volta do meio-dia, quando faltavam cerca de R$ 7 milhões para a virada, o letreiro apagou. Serra ficou sobre um viaduto acenando para populares, enquanto o candidato a vice de Alckmin, Guilherme Afif Domingos (DEM), tentava solucionar o problema. Dez minutos depois, Afif trouxe a notícia: "O sistema que registra a arrecadação no Paraná caiu. Não foi aqui". Com o painel apagado, Serra resolveu fazer curta caminhada pelo centro e tomar café em uma lanchonete.

Aos risos, o candidato comentou com Afif: "Depois da quebra de sigilo, resolveram fazer sigilo", disse, ironizando o episódio do vazamento de dados fiscais de tucanos dentro da Receita Federal. A campanha do PSDB acusa o PT pela quebra de sigilo dos tucanos.

O candidato tucano ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, que acompanhava Serra no evento, também ironizou a situação. "O painel não aguentou tanta arrecadação." Os apoiadores de Serra evitaram relacionar o PT ao incidente, mas a suspeita ficou implícita. "É difícil falar que foi. Cada um tem sua motivação. Não posso afirmar que tenha sido alguém do PT, mas basta imaginar a quem interessa. É no mínimo molecagem", afirmou Afif.

Hacker - A pane no painel do impostômetro que causou saia justa para o candidato tucano à Presidência pode ter sido causada por ação de hackers no sistema que contabiliza a arrecadação de impostos. De acordo com Guilherme Afif Domingos, "há uma grande possibilidade de ter sido hacker. É uma suspeita bem confirmável."

Crítica - Mesmo com o imprevisto, Serra aproveitou a oportunidade para criticar a carga tributária imposta aos brasileiros pelo governo federal. Após o sistema voltar a funcionar, o candidato voltou para a frente do impostômetro, onde prometeu, se eleito, diminuir impostos, sobretudo para as pessoas de baixa renda, e sobre bens de consumo.

Em Varginha, tucano promete 20 milhões de empregos
Em Varginha, no Sul de Minas, após a saia justa em São Paulo, José Serra disse que é "importante que a economia brasileira continue bem". O tucano afirmou que vai criar 20 milhões de empregos até 2020 e reconheceu que para isso as pessoas "precisam continuar consumindo".

Serra chegou por volta das 14h na cidade e seguiu do aeroporto em carreata até o Centro, acompanhado pelo candidato ao Senado Aécio Neves (PSDB) e o candidato ao governo de Minas, Antonio Anastasia (PSDB).

O candidato tucano não quis comentar o avanço da candidata Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto e disse que só falaria sobre "coisas que interessam as pessoas". Embora não tenha falado sobre Dilma, Serra afirmou ao povo mineiro no Calçadão da Wenceslau Bráz que está "numa batalha nacional dura e difícil".

Aécio Neves afirmou que tem pedido a Serra sua presença frequente em Minas. O ex-governador mineiro disse acreditar que a força das candidaturas regionais (a dele e de Anastasia) possam ajudar a alavancar a candidatura à Presidência.




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