"Pelo menos a informaçao que nós temos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) é de que nao deve haver nenhum problema desse tipo", disse Luciano Pacheco dos Santos, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Pacheco participou nesta quinta de simpósio realizado pela Associaçao Brasileira de Concessionárias de Energia Elétrica para discutir a legislaçao do setor.
Segundo Pacheco, os cuidados adicionais do ONS, como a recomendaçao de transferência de parte do consumo de energia elétrica do horário de pico para outros horários, é apenas para dar uma garantia adicional do ponto de vista de volume dos reservatórios. O ONS é o órgao responsável pelo funcionamento do sistema elétrico no país.
O governo admite que a quantidade de água armazenada nos reservatórios está menor do que o ideal, no entanto, o volume armazenado permite o abastecimento nacional sem risco de racionamento pelo menos este ano. Segundo o diretor de Geraçao e Transmissao da CESP, Silvio Areco, o problema no abastecimento de água para consumo nao pode ser estendido à geraçao de energia elétrica.
As recentes notícias de que o período de chuva se inicia em outubro, também nao é motivo de alarme, segundo Areco. "O chamado 'período molhado', quando chove realmente a ponto de encher rios, lagos e portanto termos água disponível para geraçao, vai da segunda quinzena de outubro a março, tradicionalmente", concluiu Areco.
Mesmo com a situaçao considerada sobre controle, Areco chama a atençao para os novos investimentos no setor, como a previsao de construçao de novas 49 usinas termoelétricas e aqui no Estado de Sao Paulo especificamente o uso de bagaço de cana para geraçao de energia. Nos próximos dois a três anos, o governo federal estima que esses novos investimentos devem acrescentar ao setor cerca de 4 mil megawatts. A grande demanda mundial por equipamentos no setor de termoelétricas e a indefiniçao sobre regras de investimento no setor, no entanto, sao fatores que atrasam esses investimentos.
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