Após proposta do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), de oferecer secretarias para o PPS e para o DEM, o chamado G-12 da Câmara começou a se desmantelar. O acordo incluiria a entrega da Pasta de Transportes, que deve voltar a ser ocupada por José Carlos Gonçalves (PPS), e a Secretaria de Esportes, que pode ser administrada por Paulinho Correria (PEN). A primeira evidência do desembarque das duas siglas do campo da oposição foi a sinalização de rejeição ao projeto de lei de autoria do vereador Josa Queiroz (PT) sobre a possibilidade de os vereadores terem acesso a todos os processos de PPPs (Parcerias Público-Privadas).

“Eu acabei adiando o projeto porque acho que podemos abrir mão de várias coisas na política, mas não podemos deixar de lado convicções, posições ideológicas e acordos. Então adiei para tentar um diálogo nos próximos dias e mesmo que se o bloco se dissolver, os acordos políticos internos precisam ser mantidos”, criticou Josa, ainda líder do bloco.

Na visão dele, o fim do G-12 é uma questão de tempo. “Nunca achei que houvesse vida longa para esse agrupamento. Mesmo porque parte dele estava no governo e já era uma tendência voltar para a base. O problema é como se volta. Defendo que tenha que voltar de pé e não rastejando”, disparou o petista.

Por outro lado, o líder de governo na Casa, Célio Boi (PSB), destacou que a gestão de Lauro Michels já conta com PPS e DEM em sua base de apoio. “A partir do momento em que os dois partidos acertam com o governo, o G-12 automaticamente deixa de existir. Acredito que semana que vem o retorno deve ser oficializado”, afirmou.

Na sessão de ontem, os parlamentares aprovaram em segunda votação o projeto do Refis, programa de refinanciamento de dívidas com o município. Com isso, os munícipes que tiverem débitos com o Paço terão duas fases para pagamentos. Uma com descontos de até 100% nos juros e outra que vai de 35% a 75% de perdão de multas.