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Lula recebe 63,7% de aprovação
10/04/2007 | 22:49
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Ao completar cem dias de seu segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve, terça-feira, boas razões para comemorar: embora a violência não dê sinais de redução e o apagão aéreo desorganize a vida dos brasileiros, seu prestígio pessoal e o do governo junto aos eleitores continua a aumentar. Uma nova pesquisa nacional CNT/Sensus mostra que Lula é aprovado, pessoalmente, por 63,7% do eleitorado – seu melhor índice desde fevereiro de 2006 – e a avaliação positiva de seu governo chega a 49,5%, o terceiro melhor resultado de 51 meses no poder.

Encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes, a pesquisa informa, ainda, que para 54,8% dos entrevistados o segundo mandato de Lula vai ser melhor que o primeiro. Para o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, esses bons números têm relação “com a economia equilibrada, o processo de geração de empregos, o aumento na renda e fatores como o Bolsa-Família”.

Ao que o cientista político Carlos Melo, do Ibmec-SP, acrescenta: “A questão está em torno da imagem do Lula, que aparece como aquele que está tentando fazer as coisas darem certo. As ações sociais, como o Bolsa-Família, parecem anular os efeitos perniciosos de outras políticas do governo.”

A tese é compartilhada pelo cientista político e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Fábio Wanderley Reis. De acordo com ele, a pesquisa sugere que a reeleição de Lula teve um impacto mais forte no eleitorado do que eventuais dificuldades que tenham sido enfrentadas, como a crise política de 2005. “Em boa medida, temos aí um sinal da força de imagem do presidente.”

Esses fatores explicariam, assim, a avaliação do presidente, que está hoje 4,3 pontos porcentuais acima do constatado na última pesquisa (59,3% em agosto do ano passado).

A do governo subiu 5,9 pontos (estava em 43,6% naquele mês). Um dado crucial da pesquisa é o peso dos programas sociais na percepção dos brasileiros. Uma das tabelas da CNT/Sensus revela que 15,3% dos consultados são beneficiários de programas sociais e outros 41,5% conhecem alguém que seja beneficiário. Na outra ponta, não passam de 40,7% os consultados que não conhecem nenhum beneficiário – seja do Bolsa-Família, do ProUni e de outras iniciativas do governo federal nos últimos anos.

A imagem de Lula diante do eleitorado vem subindo aos poucos desde novembro de 2005. Ele tinha nesse mês 46,7% de aprovação e 44,2% de desaprovação. A aprovação passou para 53,5% em fevereiro seguinte, depois para 55,8% em maio, 59,3% em agosto, cravando os 63,7% anunciados terça-feira, enquanto a desaprovação desceu no mesmo ritmo, caindo nesta pesquisa para 28,2%.

A CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas e a margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Governo - A aprovação de 49,5% do governo é uma soma dos 11,7% de “ótimo” com os 37,8% de “bom”. A avaliação “regular” recebeu 34,3% dos votos. o governo recebeu ainda 34,3% de “regular”. Já a avaliação negativa registrou 14,6%, sendo, 7% de “ruim” e 7,6% de “péssimo”.




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