É de prender os olhos o ranking divulgado pela FNP (Frente Nacional dos Prefeitos) em relação ao investimento das cidades do País em Educação e o resultado prático, tendo como um dos critérios de apreciação as notas do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). É de se louvar as presenças de São Bernardo, São Caetano, Santo André e Diadema entre as 100 que mais se preocupam com a Pasta – R$ 670 milhões, R$ 370 mi, R$ 333 mi e R$ 259 mi, respectivamente. Mas há também de se lamentar ao comprovar o quanto esses recursos são mal aplicados. E as avaliações deixam isso bem evidente.

Dos quatro municípios acima, apenas São Caetano garantiu lugar entre os 100 com melhor desempenho no Ideb – ficou no 97º posto, média de 7,2. São Bernardo ocupa a 284ª posição (6,8), enquanto Diadema figura na 863ª colocação (6,3) e Santo André, na 1.075ª, com 6,2.

Para se ter uma ideia, as quatro cidades com as melhores notas no estudo do FNP estão no nosso tão subestimado Nordeste, e todas no Ceará. Sobral, a primeira, teve média 8,8. Seguida por Pires Ferreira (8,7), Deputado Irapuan Pinheiro (8,2) e Brejo Santo (8,1) – isso sem contar a também cearense Novo Oriente, em décimo, com 7,9. Chama mais atenção ainda o fato de nenhuma delas estar na relação das 100 que mais investem na área, ao contrário das quatro da região. Diante do quadro fica a pergunta: onde as administrações do Grande ABC estão errando?

Atividades extras em outros espaços, além de programas e projetos sociais integrados com a escola, podem influenciar diretamente no desempenho dos alunos, declarou especialista a este Diário.

Fato é que as respostas precisam ser dadas o quanto antes e as soluções, encontradas o mais breve. Caso contrário, os gastos em Educação seguirão elevados e, quase na mesma proporção, se manterão ineficientes. Algo a se lamentar.