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Mais uma opção

Fiat lança Grand Siena para aumentar vendas internas e
concorrer com os novos Nissan Versa e Chevrolet Cobalt

Vagner Aquino
Enviado a Santiago, Chile
28/03/2012 | 07:00
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Assim como a General Motors faz com o Classic e Corsa Sedan, a Fiat apostará na dupla Siena e Grand Siena para aumentar o número de vendas no mercado interno. É isso aí, você não leu errado, a montadora de origem italiana está lançando - como o própro nome sugere - um três-volumes cujo apelo é a generosidade da metragem.

Concorrendo no mesmo segmento de modelos como os recém-lançados Nissan Versa e Chevrolet Cobalt, o Grand Siena não é um Palio com um terceiro volume - como ocorre com o Volkswagen Voyage, por exemplo, visivelmente derivado do Gol - mas um carro totalmente novo, desde a plataforma até o desenho, feito em parceria entre os centros de estilo da Fiat na Itália e em Betim, Minas Gerais.

Há quem diga que, visto de frente, o três-volumes lembre o JAC J3. Mas o fato é que o resultado ficou interessante, com linhas que fogem do conservadorismo e, ao mesmo tempo, não agridem - bem ao estilo dos adversários.

Em relação ao espaço, o Grand Siena é maior que o anterior em todos os aspectos. Só o entre-eixos conta com 13,7 centímetros a mais, o que contribui para o espaço interno. Os ocupantes agradecem.

O porta-malas também saltou de 500 litros para 520 litros. No interior, que lembra o do Palio, destaque para os elementos diferenciados como as saídas de ar, por exemplo. Nele, a faixa decorativa horizontal que divide o painel (chamada pela marca de molding) pode ser personalizada pelo comprador. Dentre as opções, há o preto e materiais que imitam aço escovado e madeira.

Como equipamentos de série, o Grand Siena - desde a versão de entrada - sai de fábrica com air bag duplo, freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem e direção hidráulica. No mais, comandos elétricos para os vidros dianteiros e travas, abertura interna da tampa do tanque de combustível, computador de bordo e volante com regulagem de altura fazem parte dos itens de série.

Na lista de opcionais estão CD player com MP3, viva-voz, entradas para USB, iPod e conectividade bluetooth, volante em couro com comandos do rádio, sensores de chuva, estacionamento e crepuscular, regulagem elétrica para retrovisores externos e vidros traseiros, além de espelho interno antiofuscamento.

O modelo será comercializado em três versões de acabamento. A mais barata delas é a Attractive que, por R$ 38.710, vem com motor 1.4 Evo de até 88 cv e deverá responder por 70% das vendas, segundo a marca. Na sequência vem a Essence com bloco E.torQ 1.6 16V Flex, que gera potência máxima de 117 cv. Na versão manual custa R$ 43.470, já com câmbio Dualogic, o modelo sai por R$ 45,9 mil. A configuração mais cara é a Tetrafuel (R$ 48.210) - também 1.4, pode beber gasolina E0, gasolina E22, etanol ou gás natural.

REPOSICIONAMENTO

Nascido em 1997 e com vendas que superaram as 813 mil unidades de lá para cá, o Siena foi reposicionado no mercado. A versão Fire sai de linha e a configuração EL (1.0 e 1.4) baixou os preços em R$ 2.850 cada. Ou seja, na nova tabela, os preços partem de R$ 31.180 e R$ 33,3 mil, respectivamente.

Nas ruas com o Essence 1.6 manual

Para o lançamento do modelo, a Fiat levou a imprensa especializada até a capital do Chile (Santiago).

O teste era curto (menos de 30 quilômetros), mas suficiente para saber como o carro se comporta. Preferimos avaliar a configuração Essence com motor de 1,6 litro e câmbio manual de cinco marchas.

De início, nada de novidade. A mecânica não fugia ao restante da família Fiat - principalmente pelo câmbio, que merecia ajustes mais precisos.

Mas, a cada quilômetro rodado nas (boas) estradas do Chile, as semelhanças com o Palio tornavam-se completamente perceptíveis. O trabalho do câmbio, direção, e até mesmo da suspensão - a traseira agora é derivada do Punto, mas recebeu ajustes - remete ao realizado pelo hatch da Fiat.

Nesta versão, o bloco de 16 válvulas (fabricado pela Fiat Powertrain, no Paraná) gera 115 cv e torque máximo de 16,2 mkgf a 4.500 rpm com gasolina. Já com etanol no tanque, a potência é de 117 cv e seu torque fica em 16,8 mkgf, também a 4.500 rotações.

De acordo com a fabricante, bebendo o combustível vegetal, o sedã pequeno pode chegar aos 100 km/h em até 9,9 segundos e aos 194 km/h de velocidade máxima. Na prática, o modelo demora um pouco a responder em baixas rotações - pode ser culpa também do peso de 1.141 quilos - mas depois embala.

Aos 120 km/h, o ponteiro do conta-giros chega a encostar nos 4.000 rpm. O isolamento acústico poderia ser melhor, mas não dá para dizer que o ruído exija o aumento do tom da conversa entre os ocupantes.




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