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Concorrência em apuros
Marcelo Monegato
Enviado a Bariloche
10/02/2010 | 07:00
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Com pelo menos 60 anos de experiência na fabricação de comerciais leves e know how de mais de 25 anos em veículos para todos os terrenos, a Volkswagen até agora não tinha uma picape média no mundo. Isso até agora! Pois chega em abril ao País a interessante Amarok.

Inicialmente, a única versão disponível será a topo de linha Highline com câmbio manual - opção automática só mais para frente. Quer saber o preço? A gente também! Mas diante do que pudemos analisar, o valor deve ser próximo ao da Toyota Hilux SRV manual, que parte de R$ 119.630. "Realmente não podemos vir com um preço muito acima ou abaixo disso", reconheceu Thomas Schmall, presidente da Volkswagen do Brasil.

O modelo será importado da Argentina, onde será produzido na fábrica de Pacheco.

 

RADIOGRAFIA DO ‘LOBO' - Amarok significa lobo em inuit - idioma dos esquimós do Hemisfério Norte. E assim como este predador, a picape da Volks é feroz - o que comprovamos num belo test drive de cerca de 120 quilômetros.

A começar pelo musculoso e silencioso motor 2.0 biturbo diesel de quatro cilindros que entrega 163 cv de potência a 4.000 rpm e torque de 40,78 mkgf entre 1.500 e 2.000 rpm.

"Introduzimos na Amarok a filosofia downsizing, motor de baixa cilindrada com alta capacidade de força, maior economia de combustível e emissões reduzidas", explica Carlos Leite, gerente de vendas e marketing da picape. "Com este bloco alcançamos consumo misto de 13,1 km/l, o que, juntamente com o tanque para 80 litros, nos garante autonomia de mais de 1.000 quilômetros".

Esse propulsor equipa atualmente apenas o furgão T5 - uma Kombi que não parou no tempo, como a nossa!

O sistema de tração 4motion - com seletor eletrônico - garante valentia à Amarok. As opções são: 4x2 (tração traseira), 4x4 e 4x4 reduzida, além da opção de bloqueio do diferencial central traseiro. Destaque para o modo off-road (acionado por um botão no console central), que oferece auxílio em declive e saída em aclive. Há ainda o ABS off-road, que garante maior poder de frenagem na terra.

A transmissão manual ZF de seis velocidades produzida em Sorocaba também merece respeito. E não apenas por estar em sintonia com o motor. "Optamos por uma caixa de seis marchas em vez de cinco para trabalharmos melhor a relação e termos dois overdrives - em quinta e sexta marchas -, privilegiando o consumo", revela Leite. A alavanca é bipartida, o que soluciona a tremedeira da manopla, característica das picapes a diesel.

O bicho também é grande. Impõe respeito. São 5,32 m de comprimento; 1,94 m de altura; 1,83 m de largura; e 3,09 de distância entre os eixos. Medidas que garantem caçamba atraente (1,55 m de comprimento; 1,62 m de largura; 0,51 m de altura - 2,52 m² de superfície de carga), PBT (Peso Bruto Total) de 3.100 quilos e espaço interno agradável para cinco ocupantes.

A suspensão também foi bem trabalhada. É agradável no asfalto e firme fora dele.

CONFORTO - A Amarok Highline prima pelo conforto, apesar do talento para o trabalho. O acabamento interno tem bancos revestidos de couro e peças plásticas de qualidade para todos os lados com encaixes perfeitos e sem rebarbas. O painel de instrumentos tem leitura fácil e o grafismo não engana: trata-se de um Volks. Atenção especial para o indicador de marcha no painel, que sugere, com setas para cima e para baixo, se o condutor deve aumentar ou reduzir uma marcha visando o menor consumo.

Os ajustes de altura e profundidade do volante e de altura dos bancos dianteiros - motorista e passageiro - garantem a melhor posição ao dirigir. Os comandos estão à mão, inclusive o sistema de som RCD 510 com tela sensível ao toque. A lista de equipamentos de série também é vasta: ar-condicionado de duas zonas, direção hidráulica, rodas de liga leve de 18 polegadas e air bag duplo estão inclusos. Rodas de 19 polegadas e ESP (controle de estabilidade) são os únicos opcionais.




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