O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou o atentado nesta sexta-feira contra o primeiro-ministro da Costa do Marfim, Guillaume Soro, que qualificou de "tentativa de desestabilizar o processo de paz pela força".

"O Conselho de Segurança condena firmemente o ataque" contra Soro e "qualquer tentativa de desestabilizar o processo de paz pela força", destaca uma declaração lida pelo embaixador da Bélgica, Johan Verbeke, que preside o Conselho em junho.

Destacando que "os autores deste ato criminoso devem ser levados à Justiça", o Conselho recorda seu apoio ao acordo político firmado em 4 de março, em Uagadugú, pelo presidente marfinense, Laurent Gbagbo, e Soro, visando a um processo de paz que busca reunificar o país.

O primeiro-ministro saiu ileso hoje de um ataque contra seu avião que deixou quatro mortos, no Aeroporto de Bouaké, quartel-general do movimento das FN (Forças Novas), dirigidas por Soro.

A Costa do Marfim está dividida desde o golpe de Estado frustrado contra Gbagbo em 2002. O sul do país se encontra sob o controle das forças do governo, e os rebeldes das FN dominam a região norte.