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Petróleo afeta indústria de plásticos flexíveis
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
08/09/2008 | 07:10
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O setor de embalagens plásticas flexíveis espera crescer este ano 5% em volume, se comparado a 2007. Essa é a previsão do segmento que tem passado por um momento sensível por causa do preço do barril do petróleo - que chegou ao recorde de US$ 147 no mercado internacional em julho -, sua principal matéria-prima, afirma o presidente da Abief (Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis), Rogério Mani.

Segundo ele, a performance da indústria de embalagens flexíveis no primeiro semestre de 2008 apontou para um resultado menor das expectativas traçadas no início do ano. Se o mercado não reagir neste semestre é possível que o setor feche 2008 com aumento em torno de 3,5% em faturamento. Para Mani, o segundo semestre é sempre melhor, mas a primeira metade do ano tende a ser razoável, o que não ocorreu este ano.

O presidente da Abief acredita que a demanda fraca e os resultados devem ficar bastante próximos aos do mesmo período em 2007, e as razões para esta estagnação residem no momento da própria indústria de alimentos, que juntamente com a de bebidas, continua sendo o principal cliente da indústria de embalagens em geral, respondendo por 55% a 60% do consumo total.

Em 2007 o faturamento do setor foi de aproximadamente US$ 3 bilhões. Outro ponto salientado pelo presidente da Abief é que "o Brasil precisa sair um pouco das commodities e focar mais em produtos com maior valor agregado".

Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas da FGV (Fundação Getúlio Vargas), confirma que o setor teve um crescimento abaixo do esperado por causa do preço do petróleo. "No primeiro semestre o segmento registrou um crescimento de 1,94% de volume, e no segundo trimestre a alta foi de 0,86%", afirma. Ele também confirma que o segundo semestre tende a ser mais aquecido porque o preço do petróleo tem caído. Segundo ele, as exportações desse segmento representam entre 8% e 10% das vendas do setor.

INDÚSTRIA EM BAIXA - Segundo empresários do setor, a estagnação não é motivo para não investir e nem de demitir porque a expectativa é de melhora até o final deste ano.

É o que está acontecendo com a empresas Embalagens Flexíveis Diadema. Sérgio Hamilton Angelusse, diretor de relações corporativas e suplementos, explica que a projeção no começo do ano era de aumentar 6% em volume, mas até agora foi registrado um acréscimo de 1%. "Não é pouco se olharmos o mercado, mas está abaixo da expectativa", diz.

A Kenpack Soluções em Embalagens, que atende indústrias de alimentos e farmacêuticas, também investiu para no futuro retomar os bons negócios. Ivaldo Facciolo, diretor- presidente da empresa, afirma que espera aumentar o volume de vendas em 2008.




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