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Em dois anos, 40% das firmas encerram atividades
Karina Nappi
Do Diário do Grande ABC
15/09/2011 | 07:30
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Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgada ontem aponta que quatro em dez empresas que entraram no mercado há quatro anos já estavam fechadas dois anos depois. Em 2009, haviam 4,3 milhões de negócios ativos no país.

O estudo do IBGE indica, contudo, um quadro mais positivo do que a primeira vista. Em números absolutos, enquanto 946,7 mil companhias foram criadas em 2007, outras 755,2 mil fecharam. E dentre as milhões de empresas ativas, parcela de 30.935 foram consideradas como de "alto crescimento" na avaliação.

Para ser enquadrada nessa categoria, a companhia precisa aumentar seu quadro de funcionários em 20% a cada ano, durante período de três anos, e ter pelo menos dez pessoas empregadas em seu primeiro ano de funcionamento.

E, de acordo com a pesquisa do instituto, essas empresas de "alto crescimento" empregavam 16,6% dos funcionários assalariados em empresas no País. O levantamento mostra ainda que a maioria absoluta das companhias abertas em 2009 foram de menor porte (79,9% do total). Na ponta inversa, também era de pequeno porte cerca de 88,5% das empresas que fecharam as portas.

EMPREGOS  - Ainda conforme o IBGE, as 4,3 milhões de empresas ativas empregavam 34,4 milhões de pessoas, sendo 82,2% como assalariados e outros 17,8% como sócios ou proprietários. Também pagaram R$ 476,7 bilhões a título de remuneração, o que representa que o salário dos funcionários, ou mesmo dos recebíveis dos proprietários tinha valor médio de R$ 1.357,99 (quase três salários-mínimos).

As firmas enquadradas como "alto crescimento" aumentaram seu pessoal empregado de 1,7 milhão em 2006 para 4,7 milhões em 2009 - crescimento de 174,1% -, bem acima da expansão registrada para o total das empresas (21,5%).

Boa parte dos empregos criados ocorreu nas indústrias de transformação ,que registraram 24,8% dos novos empregos. Parcela de 17% dos postos de trabalho gerados apareceu no segmento de atividades administrativas e serviços complementares e outros 17% no setor de construção civil. Na mesma análise, o comércio respondeu por 14,7% das vagas criadas.




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