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Literatura passada adiante

Escritor da região, Eduardo Kaze realiza projeto
para distribuir centena de livros em Santo André

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
06/06/2017 | 07:23
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Divulgação


Conhecimento e informação aprisionados de nada servem. Arte é a mesma coisa. Tem de ser passada adiante.Tanto que na contracapa do livro Paris 20 (Editora Córrego, 144 páginas, R$ 20, em média), do escritor andreense Eduardo Kaze, há um pedido: ‘Depois de ler, passe o livro pra frente: o que se retém é o conhecimento, e nada mais!’.

Como não bastasse a ideologia, agora Kaze embarca em ideia que vai além de pedir para que as pessoas façam sua obra circular. Batizado Livros de Rua, o projeto colocará em Santo André, gratuitamente, uma centena de exemplares – feitos exclusivamente para o projeto – da última obra do escritor. A intervenção acontece de sexta a domingo em diversos pontos da cidade.

Kaze explica que a principal sugestão é fomentar a leitura e também programar um projeto de marketing voltado à literatura. “Tenho ideia de expandir o projeto Livros de Rua para outros autores da região e municípios.”

Ele percorrerá uma série de locais e ‘abandonará’ os livros como um presente para quem os encontrar. O plano de distribuição passará por praças, parques e locais de grande rotatividade de pessoas, como pontos e terminais de ônibus. Na lista estão espaços como Chácara Pignatari, Praça Rui Barbosa, Parque Regional da Criança, Parque Celso Daniel, o Paço andreense e a Avenida Utinga. No total serão 13 locais de distribuição, listados no site www.redatoriagonzo.com.br.

Após a leitura, Kaze sugere que o leitor dê um retorno pelo e-mail redatoriagonzo@gmail.com. Segundo ele, a ideia de criar um feedback se deu em razão de, “em primeiro lugar, tentar monitorar a percepção dos leitores em relação ao projeto e, em segundo, permitir que saibamos como foi sua extensão e aceitação”.

Kaze explica que, levando em consideração a experiência que já teve com os leitores das três primeiras edições de Paris 20, que em média indicaram o livro e emprestaram para pelo menos mais uma pessoa e, “aplicando a mesma lógica para quem o recebeu de segunda mão, acredito que consiga atingir aproximadamente umas 250 pessoas”.
Pensando adiante, ele quer espalhar o projeto. Acredita que com cerca de R$ 2.000 por intervenção seria possível realizar mais edições, com outros autores, e com maior periodicidade. “Penso em, no futuro, buscar patrocinadores para que o custo de publicação aos autores seja zero”, diz.

A OBRA
Paris 20, segundo livro da carreira de Kaze – o de estreia foi Enigma do Cordeiro, lançado em 2012 com tiragem única de 100 cópias –, é ambientado em Santo André, local que, segundo ele, “não deve nada a qualquer cidade do mundo quando falamos de potencial narrativo”.

A obra conta de um jornalista infeliz que, após conhecer uma garota, se envolve em um assassinato. Drogas, abusos, delírios temperam a trama. O autor explica ainda que Paris 20 toca em assuntos como o senso de urgência da internet, machismo e os relacionamentos on-line.




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