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Diretora do FMI acredita que STF será 'cauteloso' sobre FGTS
Do Diário do Grande ABC
15/04/2000 | 17:07
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A diretora-adjunta do Departamento de Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Tereza Ter-Minassian, disse neste sábado acreditar que o Supremo Tribunal Federal (STF) será "bastante cauteloso" ao decidir sobre as açoes judiciais que obrigariam a Caixa Econômica Federal (CEF) a corrigir os saldos das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), em funçao de perdas de planos econômicos anteriores ao real.

Ao ser indagada sobre o impacto da decisao nas contas do governos, Tereza disse: "É claro que vai ter um impacto, mas nao sabemos de quanto". Em seguida, ao comentar a projeçao que prevê um gasto do governo de R$ 70 bilhoes, Tereza ponderou que, "mesmo na pior das hipóteses", se o tribunal aprovar a correçao retroativamente para todos os planos econômicos, o que ela disse que "nao parece provável", o impacto seria muito menor do que essa projeçao.

Segunda ela, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, já teria dito que o impacto é inferior a R$ 40 bilhoes. O secretário de Política Econômica, Amaury Bier, teria mencionado um valor abaixo de R$ 30 bilhoes, de acordo com Tereza, que explicou ter lido essas projeçoes das duas autoridades no noticiário, sem ter conversado com eles.

Tereza Ter-Minassian elogiou a decisao do Brasil de antecipar o pagamento de US$ 10,4 bilhoes devidos ao FMI, que foi anunciado no último dia 5. "Para os mercados, foi bem recebido", disse Tereza, ponderando que as reservas líquidas brasileiras nao caíram muito com o pagamento. De acordo com ela, com o bom desempenho da balança de pagamentos, nao havia necessidade de "manter esses recursos em caixa", com o pagamento de juros mais altos.

A diretora-adjunta do FMI ponderou que, ao longo de 1999, mesmo com a economia em recessao, os fluxos de investimentos diretos estrangeiros para o País chegaram a US$ 30 bilhoes, sendo apenas 30% voltados para a privatizaçao. Neste ano, com "a economia em recuperaçao e com perspectivas de médio prazo estáveis", Tereza acredita que os fluxos devem continuar. Ela afirmou ter "bastante confiança" em investimentos próximos a US$ 25 bilhoes.




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