A 12ªpesquisa sobre adolescentes, divulgada segunda-feira, concluiu que 40 % dos entrevistados acham que os adolescentes "bem considerados`` nao usam drogas, um aumento de 5 % em relaçao ao ano passado. Entre a populaçao de 13 a 15 anos, apenas 8 % opinaram que os fumantes de maconha eram populares, contra 13 % do ano passado e 17 % em 1997, de acordo com a pesquisa.

"A tendência parece reverter-se``, disse o presidente da associaçao, James Burke. "Em todos os níveis, os adolescentes estao dissociando as drogas dos símbolos importantes para sua identidade". Mas advertiu que a guerra contra as drogas está longe de ter sido ganha: "É muito cedo para declarar uma reviravolta nas atitudes relativas às drogas e seu uso".

Barry McCaffrey, coordenador da Casa Branca para a luta contra os narcóticos, afirmou que a pesquisa "mostra que, para os adolescentes, as drogas sao cada vez menos populares". Ele disse ainda que "esta tendência significa que temos que manter nossos esforços" e que é preciso "acabar com a noçao adolescente de que todo mundo usa drogas".

A pesquisa encontrou outras evidências de que o papel das drogas na subcultura adolescente está se dissipando:

35% dos adolescentes pensam que "a maioria experimenta maconha em algum momento", em comparaçao com 40% há um ano.

O número de adolescentes que concorda com a afirmaçao de que "a maconha parece estar em qualquer parte atualmente" caiu 48 % este ano, em relaçao a 52 % do ano passado e 59 % em 1997.

Enquanto 48 % dos adolescentes no ano passado consideraram que os músicos populares tornavam tentador o uso das drogas, o número baixou agora para 42 %.

As experiências com maconha, inalantes, metanfetaminas, LSD, cocaína e "crack" caíram. As quedas dos consumos de cocaína e "crack" foram as primeiras desde 1993.

A Partnership for a Drug-Free America, criada em 1987, é uma entidade sem fins lucrativos formada por profissionais da indústria de comunicaçoes destinada a reduzir o consumo de drogas ilegais. Sua mais recente pesquisa foi feita junto a 6.529 adolescentes de 13 a 18 anos em todo o país. A margem de erro é de 1,8 %.